Tarcísio admite ‘frustração’ por medidas insuficientes de segurança nas escolas: ‘Nos sentimos incapazes’

O governador de São Paulo afirmou que autoridades precisam realizar uma profunda reflexão sobre a efetividade das ações que buscam garantir a integridade de crianças e adolescentes no ambiente escolar

  • Por Jovem Pan
  • 23/10/2023 14h24 - Atualizado em 23/10/2023 14h39
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Reprodução / Jovem Pan News Tarcísio de Freitas Tarcísio revelou que o Estado contava com ronda escolar ativa e que a escola realizada atendimento psicológico e treinamentos contra agressão

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), comentou nesta segunda-feira, 23, o ataque à Escola Estadual Sapopemba, que deixou uma aluna morta e três feridos. Ele afirmou que o governo tem empregado esforços para prevenir este tipo de situação e admitiu a frustração em ver que as ações não tem sido efetivas. “A gente está extremamente consternado com mais uma ocorrência de violência em escola”, começou a fala. Tarcísio revelou que o Estado contava com ronda escolar ativa e que a escola realizada atendimento psicológico e treinamentos contra agressão. Para o governador, este é um momento de autoridades novamente realizem uma profunda reflexão sobre a efetividade das ações que buscam garantir a segurança nas escolas. “O sentimento que fica, além do sentimento de tristeza, é o sentimento de frustração. A gente se sente frustrado, a gente se sente incapaz e impotente de lidar com esse tipo de situação. Vamos trabalhar. Nós vamos ter agora uma reunião da Secretaria de Educação com a Secretaria de Segurança Pública para ver que medidas a mais podemos tomar para evitar novos incidentes dessa natureza”, compartilhou.

Tarcísio voltou a lamentar o episódio e afirmou que o Estado precisa ser capaz de garantir a segurança das crianças no ambiente escolar. “Por mais que você evite uma série de situações e ocorrências, quando uma você não consegue evitar, quando você falha, fica a dor. Fica esse sentimento e a necessidade de rever, de voltar e rever tudo o que a gente está fazendo para que a gente evite novas ocorrências. A gente não pode deixar que esse tipo de coisa aconteça. A escola tem que ser um local seguro, um lugar de convivência, a gente tem que ter a habilidade desenvolver nos alunos capacidade para enfrentar situações do dia a dia. A gente tem que combater o bullying, a gente tem que combater a homofobia. Depois de uma situação dessa, você chega à conclusão de que não estamos sendo capazes, não estamos, ainda não chegamos no que é o ideal. Precisamos voltar e internalizar”, afirmou o governador.

O secretário de Educação de São Paulo, Renato Feder, afirmou que a diretora da escola compartilhou com as autoridades que o aluno que realizou o ataque não apresentava sinais de ser um potencial agressor. A Polícia Militar (PM) de São Paulo foi acionada por volta das 7h30 desta segunda-feira, 23, pela ocorrência de disparo de arma de fogo dentro da Escola Estadual Sapopemba, na zona leste da capital paulista. Um aluno de 16 anos, do 1º ano do Ensino Médio, teria entrado armado e disparado contra estudantes. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), uma equipe de motos prendeu o indivíduo e apreendeu sua arma de fogo. Três alunas foram baleadas no local, e uma delas, atingida na cabeça, teve a morte confirmada no pronto-socorro do Hospital Geral de Sapopemba, conforme informou a PM à repórter Beatriz Manfredini, da Jovem Pan News. As outras duas vítimas dos disparos foram baleadas na região do tórax e clavícula, respectivamente, e seguem em atendimento no mesmo hospital. Outro ferido apresentou uma lesão, mas não foi atingido pelos disparos.

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