Vice-presidente da Câmara quer reclamação formal no CNMP contra Dallagnol

  • Por Estadão Conteúdo
  • 21/02/2018 13h19
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Lucio Bernardo Junior/Câmara dos Deputados Lucio Bernardo Junior/Câmara dos Deputados O emedebista quer que o coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato no Paraná seja punido por sua declaração no Twitter
O vice-presidente da Câmara, Fábio Ramalho (MDB-MG), preparou uma reclamação contra o procurador da República Deltan Dallagnol e pedirá que a Procuradoria da Casa encaminhe a denúncia ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).

O emedebista quer que o coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato no Paraná seja punido por sua declaração no Twitter, onde sugeriu que se o governo pode usar mandado coletivo de busca e apreensão em favelas fluminenses, a iniciativa também pode se estender ao Parlamento.

Em discurso inflamado nesta terça-feira, 20, no plenário da Câmara, Ramalho disse que o procurador devia explicações ao Congresso Nacional por suas críticas expostas na rede social. “Se cabem buscas e apreensões gerais nas favelas do Rio, cabem também nos gabinetes do Congresso. Aliás, as evidências existentes colocam suspeitas muito maiores sobre o Congresso, proporcionalmente, do que sobre moradores das favelas, estes inocentes na sua grande maioria”, escreveu o procurador.

Ramalho vai endereçar o ofício ao procurador parlamentar da Câmara, o deputado Hildo Rocha (MDB-MA), ao presidente da Casa, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o presidente do Congresso, senador Eunício Oliveira (MDB-CE).

No documento, o emedebista diz que a manifestação atinge diretamente a imagem do Congresso Nacional e que Dallagnol violou a recomendação do CNMP sobre a cautela e a discrição que os membros do Ministério Público devem adotar nas redes sociais

“A declaração do mencionado procurador, ao tempo em que estabelece estranha relação entre a situação nas favelas do Rio de Janeiro e gabinetes parlamentares no debate dos chamados ‘mandados coletivos’ generaliza e coloca sob suspeita todos os parlamentares da atual Legislatura (deputados federais e senadores), sem exceção”, diz no ofício o emedebista.

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