Choques entre rebeldes na Síria já deixou quase 1.400 mortos

  • Por Agencia EFE
  • 23/01/2014 10h28

Beirute, 23 jan (EFE).- Pelo menos 1.395 pessoas morreram nas últimas três semanas no norte da Síria nos choques entre o Estado Islâmico do Iraque e do Levante, vinculado à Al Qaeda, e combatentes de outras brigadas opositoras, sobretudo islamitas, informou o Observatório Sírio de Direitos Humanos.

A ONG explicou que realizou uma apuração dos mortos desde 3 de janeiro até a última meia-noite nos enfrentamentos nas províncias de Aleppo, Idlib, Al Raqa, Hama, Homs e Deir al Zur.

O maior número de vítimas fatais foi registrado nos grupos rivais do Estado Islâmico, que perderam 760 de seus combatentes. A maioria em combates e atentados com carros-bomba realizados pelos jihadistas, embora pelo menos 113 foram executados por milicianos leais à Al Qaeda.

Nas fileiras do Estado Islâmico, houve pelo menos 426 mortos, dos quais 56 foram justiçados por seus inimigos na província de Idlib.

Além disso, pelo menos 190 civis morreram pelo fogo cruzado nos choques e pelos atentados, embora 21 foram executados pelo Estado Islâmico em seu quartel-general em Aleppo, já recuperado pelos rebeldes.

A estas vítimas se somam 19 pessoas não identificadas, cujos corpos foram encontrados em uma base dos jihadistas em Aleppo.

Os combates continuaram hoje no terreno e o Estado Islâmico assumiu o controle da cidade de Manbech, no norte da província de Aleppo, após intensos combates com seus adversários.

O líder da Al Qaeda, Ayman al-Zawahiri, pediu hoje às facções que lutam na Síria entre elas que deixem de se enfrentar.

Em um áudio divulgado nas últimas horas em fóruns utilizados habitualmente pelos jihadistas, Zawahiri pediu para “pararem imediatamente a luta entre os irmãos do islã que enfrentam o regime do alauita e assassino (Bashar) Al-Assad”.

Em 3 de janeiro, uma aliança formada pela Frente Islâmica, principal aliança opositora islamita, o Exército Livre Sírio e o Exército dos Mujahedins lançou uma ofensiva contra o Estado Islâmico para expulsá-lo do país, porque consideram que este grupo cometeu violações contra o povo, como assassinatos e estupros.

Luta também contra o Estado Islâmico junto aos insurgentes a Frente al Nusra, também vinculado à Al Qaeda e designado por Al-Zawahiri como a filial da organização terrorista na Síria.

Além disso, Zawahiri delimitou a atividade do Estado Islâmico única e exclusivamente ao Iraque. EFE

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