Coreia do Norte rejeita retomar reuniões de famílias separadas pela guerra

  • Por Agencia EFE
  • 09/01/2014 09h45

(Atualiza com argumento norte-coreano e resposta do Sul).

Seul, 9 jan (EFE).- A Coreia do Norte rejeitou nesta quinta-feira a proposta da Coreia do Sul de organizar no final deste mês uma nova reunião de famílias separadas pela Guerra da Coreia (1950-53), informou o Ministério da Unificação de Seul.

O regime comunista de Kim Jong-un explicou, por meio de um fax, que as reuniões poderão ser realizadas no “momento adequado” mas não indicou uma data específica, disse à Agência Efe uma porta-voz do ministério.

A Coreia do Norte mencionou os exercícios militares anuais programados para os próximos meses por Seul e Washington em território e águas sul-coreanas como “um obstáculo” para melhorar as relações bilaterais e recuperar o projeto em comum, segundo a porta-voz.

Como resposta à negativa norte-coreana, o governo da Coreia do Sul “lamenta” que o regime de Kim Jong-un “insista em vincular assuntos puramente humanitários como os reencontros familiares com temas políticos e militares”.

Na segunda-feira passada, Seul propôs oficialmente à Coreia do Norte realizar um próximo encontro de famílias separadas aproveitando o Ano Novo Lunar, uma das duas maiores festividades dos coreanos, que este ano é celebrada em 31 de janeiro.

Em outubro, os dois países realizaram a última tentativa de recuperar estes eventos humanitários, que não ocorrerem desde 2010.

As duas Coreias realizaram seu primeiro evento de reunificação de famílias em 1985, mas as habitualmente tensas relações bilaterais impediram que os encontros se tornassem regulares.

Após um parênteses de 15 anos, entre 2000 e 2010 ocorreram 18 reuniões que permitiram um breve reencontro de mais de 3.800 familiares após décadas de separação.

Dezenas de milhares de pessoas nas Coreias do Norte e Sul não puderam retomar contato com seus parentes do outro lado da fronteira desde que a Guerra da Coreia dividiu a península em dois países com sistemas antagônicos. EFE

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