Croácia desbloqueia totalmente sua fronteira com a Sérvia
Zagreb, 25 set (EFE).- A Croácia desbloqueou totalmente nesta sexta-feira sua fronteira com a Séria, liberando as passagens de Bajakovo e Tovarnik, onde os dois países tinham estabelecido mutuamente restrições ao tráfego de veículos e de mercadorias devido a desacordos sobre a chegada maçica de refugiados à região.
“Às 17h (meio-dia em Brasília) a fronteira foi desbloqueada. Todos os automóveis, independente de suas matrículas, podem entrar na Croácia, assim como os caminhões”, informou o ministro do Interior croata, Ranko Ostojic, na conta do governo no Twitter.
O primeiro-ministro croata, Zoran Milanovic, tinha informado hoje mais cedo que estava considerando seriamente abrir a fronteira, pouco depois de a Comissão Europeia ter solicitado esclarecimentos urgentes às autoridades croatas.
Milanovic acrescentou que o bloqueio tinha sido estabelecido para defender “os interesses nacionais e para favorecer um movimento controlado dos migrantes”.
As disputas sobre o fluxo de milhares de refugiados na fronteira comum dos dois países balcânicos provocou esta semana uma guerra comercial entre Sérvia e Croácia.
A Croácia bloqueou na segunda-feira a passagem de caminhões de carga vindos da Sérvia e disse que suspenderia as restrições quando o país deixasse de enviar à fronteira croata todos os refugiados que entravam em solo sérvio.
A Sérvia determinou ontem a proibição da passagem das mercadorias croatas, ao que o governo respondeu impedindo a passagem de veículos com placas sérvias e inclusive de seus cidadãos, embora esta última só tenha durado algumas horas hoje.
A Comissão Europeia (CE) alertou hoje para a incompatibilidade dos bloqueios fronteiriços entre Sérvia e Croácia, pelo Acordo de Estabilização e Associação com a União Europeia, e indicou que pedirá urgentemente esclarecimentos a Croácia.
Após a Hungria fechar, semana passada, sua fronteira com a Sérvia para impedir a passagem de refugiados, o fluxo migratório se desviou para a Croácia, por onde passaram desde então 55 mil pessoas à caminho dos países da Europa Ocidental. EFE
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