Distúrbios continuam em Israel e pelo menos 50 palestinos são detidos

Jerusalém, 7 jul (EFE).- A polícia israelense prendeu 50 palestinos nesta segunda-feira acusados de provocar distúrbios no norte e no sul de Israel, após dias de violência em função do assassinato de um adolescente palestino em aparente vingança pela morte de três jovens judeus.

O porta-voz da polícia israelense, Miki Rosenfeld, disse à Agência Efe que 50 indivíduos de origem árabe envolvidos em distúrbios foram detidos pelas forças de segurança em Wadi Ara, na Baixa Galileia, e na cidade de Nazaré, no norte do país.

Outros quatro palestinos com cidadania israelense foram detidos no sul do país, também por participação em atos de violência.

Em Jerusalém, cenário nos últimos dias de violentos protestos por parte de moradores palestinos do leste da cidade, o dia de hoje foi de relativa calma. O policiamento foi reforçado em vários pontos da cidade para impedir distúrbios.

Além disso, três adolescentes judeus de 15 anos foram detidos após lançar pedras contra um veículo palestino em um protesto no assentamento de Maaleh Adumim, próximo a Jerusalém.

De acordo com a imprensa, não houve registros de danos ou feridos no episódio e os detidos foram interrogados pela polícia.

Em outro caso relatado pelos meios de comunicação, um ônibus foi atacado com pedras perto da região de Wadi Ara, de maioria palestina com cidadania israelense. Uma pessoa ficou ferida e teve que ser hospitalizada.

Além disso, uma delegacia em um distrito árabe próximo a Nazaré foi incendiada e manifestantes lançaram pedras contra um quartel dos bombeiros.

Em uma estrada próxima à cidade árabe de Arraba, na Baixa Galileia, manifestantes queimaram pneus e fecharam o trânsito.

E nas imediações da cidade de Modiin, entre Jerusalém e Tel Aviv, soldados instalaram postos de controle após a informação de que um menor tinha sido visto na parte posterior de um veículo acompanhado de dois adultos.

O porta-voz policial afirmou que até o momento não houve denúncia do desaparecimento de nenhum jovem, mas o rumor de outro possível sequestro causou tensão na cidade israelense.

Os fatos de hoje são um desdobramento do assassinato de três estudantes israelenses sequestrados em 12 de junho na Cisjordânia, cujos corpos foram achados há uma semana perto da cidade palestina de Hebron.

Além disso, na quarta-feira passada um palestino de 16 anos morador de Jerusalém Oriental foi assassinado. Seu corpo foi encontrado queimado e com sinais de violência em uma floresta na cidade. A polícia suspeita que o crime foi um ato de vingança cometido por radicais judeus. EFE