Aneel aprova aumento médio de 9,44% na tarifa de energia da Enel SP

Novo valor começa a valer em 4 de julho; reajuste prevê aumento de 11,4% para consumidores residenciais

  • Por Jovem Pan
  • 29/06/2021 18h09 - Atualizado em 29/06/2021 19h52
LUCAS LACAZ RUIZ/ESTADÃO CONTEÚDO Enem é responsável pela distribuição de 7,4 milhões de unidades no Estado de São Paulo, incluindo a capital Enem é responsável pela distribuição de 7,4 milhões de unidades no Estado de São Paulo, incluindo a capital

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira, 29, o reajuste médio de 9,44% na tarifa de energia da Enel Distribuição São Paulo. A alta será de 11,4% para consumidores residenciais. As tarifas de unidades que utilizam baixa tensão sofrerão reajuste de 11,38%, enquanto as de alta tensão, como indústrias e grandes comércios, serão elevadas em 3,67%. Os valores começam a valer a partir do dia 4 de julho. A Enel é a segunda maior distribuidora do país, respondendo por 10,3% de toda energia distribuída no Brasil e atendendo 7,4 milhões de unidades consumidoras em 24 municípios da região metropolitana de São Paulo, incluindo a capital paulista.

Em nota, a companhia afirma que o encarecimento foi influenciado pelo aumento do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), que foi a 35,7% nos 12 meses acumulados em junho, a elevação dos custos para a aquisição de energia e o transporte da carga até a distribuidora. “Diante da situação crítica da pandemia e dos seus impactos na vida das famílias (desemprego e perda de renda) e nas atividades do comércio e da indústria, a companhia solicitou ao órgão regulador a aplicação de uma série de medidas regulatórias para a redução do percentual de reajuste deste ano, que ficou em torno de 61% menor do que estava previsto”, informou a empresa. “Se não fosse o esforço da companhia, o porcentual de reajuste teria sido de 24,1%.”

O colegiado da Aneel também aprovou o reajuste de 52% na taxa extra da conta de luz a partir de julho. A mudança representa o aumento da tarifa da bandeira vermelha nível 2 para R$ 9,49 a cada 100 quilowatts/hora (kWh), contra o atual valor de R$ 6,24. O novo patamar deve seguir até o fim do ano em meio a pior crise hídrica do país em 91 anos. O sistema de bandeiras foi criado pela Aneel para indicar o custo da energia gerada como forma de estimular o uso consciente dos recursos naturais. A coloração varia entre verde, amarela e vermelha, com patamares 1 e 2. A diretoria decidiu também novos valores para as outras bandeiras. A amarela será de R$ 1,87 a cada 100 kWh, enquanto a vermelha patamar 1, de R$ 3,97 a cada 100 kWh. A bandeira verde, que indica boas condições de geração de energia, é gratuita desde a adoção do sistema, em 2015.

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