Dólar cai para R$ 5,41 com Copom e agenda política no radar; Ibovespa sobe
Investidores aguardam por posição do BC para a taxa básica de juros e acompanham as movimentações em Brasília para a divulgação do novo texto da reforma tributária e os desdobramentos da CPI da Covid
O mercado financeiro brasileiro fechou esta segunda-feira, 3, no campo positivo com investidores à espera da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a taxa de juros e atentos aos movimentos para a retomada da reforma tributária no Congresso. O mercado também acompanha os desdobramentos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, que deve ouvir nesta semana os ex-ministros da Saúde, Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich. Diante deste cenário, o dólar fechou com queda de 0,24%, a R$ 5,419, depois de oscilar entre a mínima de R$ 5,375 e a máxima de R$ 5,455. A moeda norte-americana encerrou a semana passada com alta de 1,79%, a R$ 5,432. Seguindo o bom humor internacional, o Ibovespa, referência da Bolsa de Valores brasileira, encerrou o dia com alta de 0,27%, aos 119.209 pontos. O pregão de sexta-feira, 30, fechou com queda de 0,98%, aos 118.893 pontos.
O Copom divulga nesta quarta-feira, 5, a nova posição do Banco Central para a taxa de juros. O consenso do mercado é que a autoridade monetária nacional acrescente mais 0,75 ponto percentual e jogue a Selic para 3,5% ao ano. Caso esse movimento se confirme, será a segunda alta consecutiva com a alteração de 2% para 2,75% no encontro realizado no fim de março. A taxa de juros é a principal ferramente do BC para controlar a inflação, que foi a 6,1% nos 12 meses encerrados em março. O presidente da autoridade monetária nacional, Roberto Campos Neto, indicou que a recente escalada do IPCA dá margem para uma nova alta da Selic no encontro desta semana. Ainda no mercado doméstico, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), prometeu para até esta segunda-feira a divulgação de um novo parecer sobre a reforma tributária. Anunciado na semana passada, o texto deve dar novo fôlego para as discussões sobre mudanças no sistema de impostos e tributos brasileiros, apontado como um dos principais entraves para o aumento de investimentos no país.
O mercado revisou para cima a expectativa para a inflação pela quarta semana seguida e prevê maior expansão da economia brasileira em 2021, de acordo com números do Boletim Focus divulgados nesta segunda-feira. Economistas e entidades consultadas pelo Banco Central estimam que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o medidor oficial da inflação brasileira, encerre o ano a 5,04%. Na semana passada, a previsão era de 5,01%, enquanto há um mês a expectativa chegava a 4,81%. As fontes da autoridade monetária nacional também renovaram a expectativa do Produto Interno Bruto (PIB) para avanço de 3,14%, ante previsão de 3,09% na semana passada e 3,17% há um mês. Esta foi a segunda semana seguida que o Boletim Focus mostra maior otimismo do mercado na recuperação da economia nacional após o tombo histórico de 4,1% registrado em 2020.
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