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Dólar e Bolsa fecham estáveis à espera da definição da taxa de juros pelo Banco Central

Dólar mantém trajetória de alta pelo terceiro dia seguido

Os principais indicadores do mercado financeiro brasileiro fecharam praticamente estáveis nesta quarta-feira, 27, à espera da definição da taxa de juros pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC). O aumento da pressão inflacionária gerada pela elevação do risco fiscal faz analistas preverem acréscimo entre 1,25 e 1,50 ponto percentual. Atualmente, a Selic está em 6,25% ao ano. Em ambos os casos, o resultado deixa a taxa no patamar mais alto desde 2017. O dólar oscilou durante a maior parte do dia e fechou com queda de 0,3%, cotado a R$ 5,555. O câmbio encerrou a véspera com avanço de 0,32%, a R$ 5,573. O Ibovespa, referência da Bolsa de Valores brasileira, também fechou perto da estabilidade, com leve recuo de 0,05%, aos 106.363 pontos. O pregão desta terça-feira, 26, fechou com queda de 2,11%, aos 106.419 pontos.

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O Copom divulga depois das 18h30 a nova taxa básica de juros da economia brasileira, na penúltima reunião de 2021. Após duas altas seguidas de 1 ponto percentual — passando a Selic de 4,25% em junho, para 6,25% em setembro —, a autoridade monetária deve elevar o aperto em meio ao avanço da inflação em 2021 e a contaminação do cenário de 2022. A prévia do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi a 1,20% em outubro, o maior resultado para o mês desde 1995, e soma 10,34% nos últimos 12 meses. A expectativa de deterioração das contas públicas aumentou com as manobras do governo federal e do Congresso para a mudança no teto de gastos. Dados do Boletim Focus, que reúne a estimativa do mercado para a economia, mostram aumento da projeção para a inflação neste ano a 8,96%. Em 2021, o BC tem como centro da meta 3,75%, com variação de 2,25% e 5,25%. A projeção para 2022 subiu para 4,40%. No ano que vem, a autoridade monetária persegue a meta de 3,50%, com margem de 2% e 5%. Para a Selic, as projeções passaram para 8,75% ao fim deste ano, e 9,5% em 2022.

Ainda na pauta doméstica, a taxa de desemprego recuou para 13,2% no trimestre encerrado em agosto, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento aponta que 13,7 milhões de brasileiros estão desocupados, enquanto o número de empregados chega a 90,2 milhões de pessoas, um crescimento de 4% em relação ao trimestre móvel anterior, e de 10,4% no ano. O mercado também segue acompanhando os desdobramentos em Brasília para a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios na Câmara dos Deputados. A votação, que estava prevista para ontem, segue na ordem do dia, mas enfrenta resistência da oposição. O parecer do relator, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), já foi aprovado pela comissão especial da Câmara na última quinta-feira, 21. O texto determina um limite aos pagamentos das dívidas reconhecidas da União, traz mudanças no teto de gastos e permite a abertura de R$ 83 bilhões no Orçamento de 2022 para o custeio do Auxílio Brasil.

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