Dólar abre 2020 cotado a R$ 4,02, e Ibovespa bate recorde histórico
O dólar desacelerou o ritmo de alta na parte da tarde, depois de encostar em R$ 4,04, e terminou o primeiro dia útil do ano em alta de 0,31%, cotado a R$ 4,0242 ao final do pregão desta quinta-feira (2).
A divulgação dos emplacamentos de veículos em 2019, com o melhor desempenho anual em 5 anos, deu mais uma sinalização para reforçar o otimismo dos investidores com a economia brasileira este ano e o Ibovespa bateu máximas, renovando recordes históricos.
No exterior, porém, o dia foi de forte alta da moeda americana, em meio a indicadores fracos da indústria da China e da zona do euro, e da perspectiva de assinatura do acordo comercial fase 1 entre a Casa Branca e Pequim.
Pela manhã, saiu outro indicador de que a atividade ganha força, o Índice de Confiança Empresarial (ICE), divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), que atingiu o maior nível em dezembro desde janeiro de 2019. Os economistas do banco americano Citi reforçam que o indicador ratifica o quadro melhor para a economia brasileira, mostrando melhora da confiança na indústria, serviços, comércio e construção.
O quadro favorável com o Brasil fez o Ibovespa ultrapassar na tarde de hoje os 118 mil pontos pela primeira vez na história, ajudando a retirar pressão no câmbio, por conta da expectativa de fluxo externo mais favorável, após os fracos números de 2019. No ano, até o dia 27 de dezembro, o fluxo cambial ficou negativo em US$ 43 bilhões, o pior resultado da história. Pelo canal financeiro, que inclui os investimentos na B3 e em renda fixa, saíram US$ 61 bilhões, em valores líquidos.
O primeiro dia útil de 2020 foi marcado por alta forte do dólar no exterior, apesar do apetite renovado por ativos de risco. As bolsas em Nova York bateram recordes, mas o dólar subiu antes divisas fortes e emergentes. Os PMIs da zona do euro, China, Reino Unido caíram, enfraquecendo as moedas destas regiões, o que ajudou a fortalecer o dólar no mercado internacional.
Além disso, a moeda americana ganhou força com as declarações de Donald Trump, de que vai assinar o acordo comercial fase 1 no próximo dia 15 e em seguida planeja viajar à China para negociar da fase 2.
*Com Estadão Conteúdo
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