Dólar oscila e chega a R$ 5,28 com avanço da Covid-19 e risco fiscal brasileiro

Moeda fechou na véspera a R$ 5,31, o menor valor em dois meses; Ibovespa opera em leve queda e mantém 106 mil pontos

  • Por Jovem Pan
  • 20/11/2020 10h53
Marcello Casal Jr/Agência Brasil Dólar mantém viés de queda com avanço da agenda de reformas e instalação da CPI da Covid-19 no radar dos investidores Dólar mantém viés de queda com o avanço da agenda de reformas e a instalação da CPI da Covid-19 no radar dos investidores

O dólar opera instável no começo do último pregão da semana diante do avanço da pandemia do novo coronavírus na Europa e nos Estados Unidos. No cenário interno, a divisa norte-americana é impactada nesta sexta-feira, 20, pelo risco do descontrole das contas públicas com a possibilidade da segunda onda de infecções no Brasil e a necessidade do governo federal ampliar os gastos. Perto das 10h50, o dólar avançava 0,48%, cotada a R$ 5,339. Na mínima, a divisa chegou a R$ 5,287, e na máxima não ultrapassou os R$ 5,341. Na véspera, a moeda fechou com recuo de 0,41%, a R$ 5,314, o menor valor desde setembro. A Bolsa de Valores brasileira abriu o pregão em leve queda. O Ibovespa, principal índice da B3, recuava 0,05%, aos 106.620 pontos.

Apesar da divulgação de avanços nos estudos para a descoberta do imunizante contra o novo coronavírus nos últimos dias, o mercado financeiro se mantém apreensivo com prolongação da economia travada pelo fortalecimento da segunda onda de infecções em países europeus e em partes dos Estados Unidos. Autoridades da China e Coreia do Sul também emitiram novos sinais de alerta para o ressurgimento de focos da Covid-19. No noticiário doméstico, investidores continuam atentos ao avanço das pautas enviadas pelo Ministério da Economia ao Congresso, principalmente os textos que criam gatilhos ao teto de gastos e limitam o risco fiscal. O mercado também acompanha os rumos que o governo federal tomará com o crescimento de internações no país. Nesta quinta-feira, 19, o ministro Paulo Guedes afirmou que o Planalto combaterá o surgimento de uma segunda onda nos mesmos moldes do feito até então, mas que o governo não espera o repique generalizado da doença.

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