O que é a Bolsa de Valores e como funciona o mercado de ações?

A B3 reúne, hoje, mais de 3 milhões de investidores, o que significa um crescimento de 270% nos últimos dois anos

  • Por Lívia Zanolini
  • 18/11/2020 15h06 - Atualizado em 18/11/2020 15h14
Pixabay/mohamed_hassan Em março, o Ibovespa, que é o principal indicador que mede o desempenho da Bolsa brasileira, passou a cair vertiginosamente com o avanço da Covid-19 e o agravamento da crise econômica mundial

A Bolsa de Valores é uma das alternativas com o maior potencial de retorno entre todos os tipos de investimentos. Mas também é a que tem maior risco. A Brasil, Bolsa e Balcão, conhecida como B3 – a antiga Bovespa -, é um ambiente virtual onde empresas e investidores se encontram para comprar e vender os chamados ativos financeiros, que são bens que podem ser convertidos em dinheiro. São ações, títulos públicos e privados, contratos futuros e commodities. As ações, considerados os ativos mais populares do mercado financeiro, são basicamente frações de empresas públicas ou privadas, classificadas como sociedades de capital aberto, como Vale, Petrobras e muitas outras. O que a empresa ganha com a venda desses papéis? Exatamente o que ela precisa: dinheiro disponível para investir. E qual a vantagem para quem compra? À medida que as empresas crescem, as ações se valorizam. Por exemplo, se você compra uma ação que valia R$ 20 reais e depois passa a valer R$ 25, você teve ganhos de 25%.

Mas, infelizmente, o inverso também acontece. E aí mora o maior risco deste tipo de investimento. Se a cotação das ações cai, o investidor perde dinheiro. Como no caso da Vale, que viu seus papéis despencarem mais de 20% após o rompimento da barragem em Brumadinho, em janeiro do ano passado. Outro exemplo é a própria pandemia do coronavírus. Em março, o Ibovespa, que é o principal indicador que mede o desempenho da Bolsa brasileira, passou a cair vertiginosamente com o avanço da Covid-19 e o agravamento da crise econômica mundial. O índice, que havia registrado quase 120 mil pontos em janeiro, despencou para menos de 64 mil. E só recuperou parte da queda em julho, quando voltou aos 100 mil pontos. Conclusão: esse é um ambiente altamente influenciado pelo humor do mercado financeiro, de acordo com os acontecimentos dentro e fora do país. No Brasil, a demora na aprovação das reformas e dos pacotes de estímulos fiscais é outro fator que causa insegurança e desanima os investidores. Tá explicado?

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