Dólar recua com agenda de reformas e CPI da Covid-19; Ibovespa oscila

Mercado analisa falas do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), sobre avanços nos debates para mudanças tributárias e administrativas

  • Por Jovem Pan
  • 26/04/2021 14h00 - Atualizado em 26/04/2021 16h16
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ROBERTO GARDINALLI/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Mão segura notas de US$ 100 e R$ 100 Dólar mantém trajetória de queda ante o real pelo terceiro dia seguido

O mercado financeiro brasileiro opera nesta segunda-feira, 26, influenciado pela expectativa da retomada da agenda de reformas no Congresso e atento aos desdobramentos para a primeira reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, marcada para esta terça-feira, 27. Por volta das 13h50, o dólar registrava queda de 0,88%, a R$ 5,449 depois de bater máxima de R$ 5,490 e mínima de R$ 5,439. O câmbio fechou a semana passada com queda acumulada de 1,5%, a R$ 5,497. Apesar do bom humor internacional e a alta puxada pela Hering, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, oscilava com leve queda de 0,03%, aos 120.488 pontos. O pregão encerrou a semana passada com alta de 0,97%, aos 120.530 pontos.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta segunda-feira que as aprovações das reformas tributária e administrativa podem sair ainda neste ano. Em entrevista à Jovem Pan, o deputado disse que a mudança na máquina pública do governo está bastante adiantada na Casa, inclusive sendo tema de audiências públicas na Comissão de Constituição de Justiça (CCJ). “Tenho comigo que a reforma administrativa sairá primeiro, com efeito de agora para frente, com raras dificuldades e poucas situações que vão poder atingir funcionários atuais na sua estabilidade, claro que tem a cláusula do desempenho e outros fatores que os funcionários precisam estar posicionados.” Lira também reafirmou que um novo texto para a reforma tributária deve ser apresentado na próxima segunda-feira, 3. “A gente tem aquela máxima, se tentar comer o boi inteiro não consegue, mas fatiando ele, das partes mais fáceis para a mais difíceis, você consegue adiantar uma reforma que dê a simplicidade, desburocratização, um ajuste fiscal mais justo”, disse.

Os investidores também aguardam a oficialização da presidência e relatoria da CPI da Covid-19, que será instalada amanhã no Senado para investigar as ações do governo federal durante a pandemia, além do repasse de verbas da União para Estados e municípios. Um acordo costurado pela maioria dos integrantes prevê que os postos de presidente e vice sejam ocupados, respectivamente, pelos senadores Omar Aziz (PSD-AM) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP), e que Renan Calheiros (MDB-AL) assuma a relatoria. Ainda na pauta doméstica, o Grupo Soma e a Hering anunciaram nesta manhã um acordo de incorporação, com custo de aproximadamente R$ 5,2 bilhões. O negócio prevê a integração da confecção catarinense ao conglomerado já responsável pelas grifes Animale e Farm, mas ainda precisa do aval dos acionistas da Hering e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

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