Dólar recua com alta dos juros no Brasil; Ibovespa avança

Câmbio opera no patamar abaixo de R$ 5,05 com investidores analisando as decisões do Banco Central e do Federal Reserve; Ibovespa segura os 129 mil pontos

  • Por Jovem Pan
  • 17/06/2021 11h48
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BRUNO ROCHA / FOTOARENA / ESTADÃO CONTEÚDO Dólar cai ante o real após BC anunciar nova alta dos juros e elevar a Selic para 4,25% ao ano Dólar cai ante o real após BC anunciar nova alta dos juros e elevar a Selic para 4,25% ao ano

Os principais indicadores do mercado financeiro brasileiro operam no campo positivo nesta quinta-feira, 17, depois das decisões dos juros no Brasil e nos Estados Unidos. Por aqui, o Banco Central seguiu o esperado e acrescentou 0,75 ponto percentual na Selic, elevando a taxa para 4,25% ao ano. A autoridade monetária dos EUA também agiu conforme o projetado ao manter os juros no patamar mínimo e reafirmar a compra de títulos públicos. A surpresa veio com a antecipação da mudança na política de estímulos para 2023, e não mais no ano seguinte. Por volta das 11h35, o dólar registrava queda de 0,79%, cotado a R$ 5,020. O câmbio chegou a bater a máxima de R$ 5,076, enquanto a mínima não passou de R$ 5,019. A divisa encerrou a véspera com alta de 0,34%, cotado a R$ 5,060. O Ibovespa operava com alta de 0,31%, aos 129.661 pontos. O pregão desta quarta-feira, 16, encerrou com queda de 0,64%, aos 129.259 pontos.

Os principais mercados globais reagiram de forma negativa ao anúncio do Federal Reserve (Fed), o BC dos EUA, em antecipar a alta dos juros para 2023. Até março, o aumento era esperado apenas para o ano seguinte em meio ao processo de recuperação da economia e a retomada do emprego. O BC também se mostrou mais preocupado com a inflação ao elevar a expectativa para este ano a 3,4%, ante 2,4% previsto em março. Ainda no noticiário norte-americano, o Departamento do Trabalho divulgou hoje que 412 mil pessoas solicitaram o auxílio-desemprego na semana passada, acima da previsão de 360 mil pedidos. Este foi a primeira vez que o número subiu na comparação com o período anterior desde o fim de abril.

Na pauta doméstica, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a Selic para 4,25% ao ano, o mesmo patamar de fevereiro de 2020, e indicou que fará novo aumento de 0,75 ponto percentual no encontro agendado para agosto, levando a taxa para 5%. Em nota, a autoridade monetária afirmou que deve promover a normalização da taxa básica de juros para o patamar considerado neutro, que, segundo analistas, é próximo de 6,5% ao ano. “Esse ajuste é necessário para mitigar a disseminação dos atuais choques temporários sobre a inflação.” As atenções dos investidores também seguem na votação no Senado da Medida Provisória (MP) para a capitalização da Eletrobras. O relator, senador Marcos Rogério (DEM-RO), alterou partes do texto aprovado pela Câmara, o que deve elevar as tensões para a votação prevista para esta quinta. A MP deve ser chancelada pelo Congresso até o próximo dia 22 para não perder a validade.

 

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