Dólar recua com dados de emprego e trocas em ministérios; Bolsa sobe

Números do Ministério da Economia revelam criação de 401 mil empregos formais em fevereiro, o melhor resultado para o mês em 29 anos

  • Por Jovem Pan
  • 30/03/2021 17h32 - Atualizado em 30/03/2021 19h21
ROBERTO GARDINALLI/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Cédulas e moedas de dólar sobre uma bandeira dos Estados Unidos Dólar registra alta com retomada do clima de tensão no leste da Europa

O mercado financeiro brasileiro fechou esta terça-feira, 30, no campo positivo com a divulgação da criação de empregos formais em fevereiro acima do esperado e a troca de comando em seis ministérios do governo de Jair Bolsonaro (sem partido). O dólar fechou com leva queda de 0,08%, a R$ 5,762 depois de atingir a máxima de R$ 5,802 e mínima de R$ 5,722. O câmbio encerrou a véspera com avanço de 0,43%, a R$ 5,766. O Ibovespa, referência da Bolsa de Valores brasileira, encerrou o dia com alta de 1,24%, aos 116.849 pontos. O pregão desta segunda-feira, 29, fechou com alta de 0,56%, aos 115.418 pontos.

O Brasil criou 401 mil empregos com carteira assinada em fevereiro, o melhor desempenho para o mês desde o início da série histórica, há 29 anos, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério da Economia. O resultado veio acima dos 260 mil empregos criados em janeiro, que também foi o melhor desempenho para o mês desde 1992. Todos os cinco setores analisados pelo Caged representaram dados positivos, com destaque para a prestação de serviços e indústrias. A equipe econômica também revelou nesta terça-feira que a nova versão do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BEm), que em 2020 permitiu a suspensão dos contratos de trabalho e a redução de jornadas e salário, deverá contemplar 4 milhões de trabalhadores. A medida tem custo estimado de R$ 10 bilhões aos cofres públicos, com recursos fora do teto de gastos.

Investidores também analisaram os reflexos da dança das cadeiras no governo federal após uma série de demissões e pedidos de saída no início da semana.  Ao todo, deixaram seus cargos Ernesto Araújo, das Relações Exteriores, Fernando Azevedo, da Defesa, José Levi, da Advocacia-Geral da União, Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo, Walter Braga Netto, da Casa Civil, e André Mendonça, da Justiça e Segurança Pública. Destes, os três últimos foram remanejados, seguindo no governo federal. Segundo o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), as mudanças devem trazer mais agilidade no calendário de imunização contra a Covid-19. Após a demissão de Azevedo, o Ministério da Defesa anunciou o desembarque dos três comandantes das Forças Armadas na manhã desta terça-feira. Edson Pujol, do Exército, Ilques Barbosa, da Marinha, e Antônio Carlos Moretti Bermudez, da Aeronáutica, saíram do governo após uma série de desgastes com Bolsonaro. O Executivo ainda não anunciou os novos nomes para os cargos.

 

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