Dólar sobe com acertos para retomada do auxílio; Ibovespa recua aos 119 mil pontos

Mercado segue atendo nas tratativas entre a equipe econômica e o Legislativo para chancelar a volta do benefício já no próximo mês

  • Por Jovem Pan
  • 18/02/2021 12h39
Arquivo/Agência Brasil Cédulas de dólar sobre fundo branco Dólar volta ao patamar de R$ 4,65 com temor internacional

Os acertos entre o governo federal e o Congresso para a retomada do auxílio emergencial continuam pressionando o humor do mercado financeiro nesta quinta-feira, 18. Após abrir em queda, o dólar inverteu o sinal e próximo as 12h30 registrava alta de 0,55%, a R$ 5,445, chegando a máxima do dia. A mínima não passou de R$ 5,387. Na véspera, a moeda norte-americana fechou com alta de 0,76%, cotada a R$ 5,415. A apreensão com risco fiscal também impacta no desempenho da Bolsa de Valores brasileira. O Ibovespa, principal índice da B3, recuava 0,85%, aos 119.334. O pregão desta quarta-feira, 17, fechou com avanço de 0,78%, acima dos 120 mil pontos pela primeira vez desde 5 de fevereiro.

O mercado mantém a atenção nas tratativas entre a equipe econômica e o Legislativo para chancelar a retomada do auxílio emergencial, apesar de todos os holofotes em Brasília estarem voltados aos desdobramentos da prisão do deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ). Líderes do Congresso devem receber nesta semana o estudo final do Ministério da Economia sobre o benefício. A expectativa da equipe comandada por Paulo Guedes é entregar a primeira parcela já no próximo mês. A União trabalha com um orçamento estimado em R$ 30 bilhões, o suficiente para estender o pagamento de R$ 250 para aproximadamente 30 milhões de brasileiros por quatro meses. Enquanto discutem os pareceres técnicos, membros do governo federal buscam consenso com o Congresso para a aprovação de contrapartidas que limitem os gastos públicos. Depois de ceder à pressão do Legislativo para novas rodadas do benefício, o ministro da Economia condicionou o retorno à criação da cláusula de calamidade pública na PEC do Pacto Federativo. A medida tira amarras do orçamento público e cria gatilhos para evitar o aumento dos gastos, como reajustes salariais e contratação de funcionários públicos.

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