Dólar sobe com reforma tributária no radar; Bolsa recua aos 126 mil pontos

Investidores seguem analisando proposta do governo federal de taxar dividendos em 20% para a redução do Imposto de Renda para pessoas físicas e jurídicas

  • Por Jovem Pan
  • 28/06/2021 13h22 - Atualizado em 28/06/2021 15h17
Rick Wilking/Reuters cédulas de dólar espalhadas Câmbio inverteu sinal e passou a subir com dados da inflação e varejo

Os principais indicadores do mercado financeiro brasileiro operam no campo negativo nesta segunda-feira, 28, com investidores ainda analisando a segunda etapa da reforma tributária encaminhada pelo governo federal ao Congresso na sexta-feira passada, 25. Por volta das 13h15, o dólar registrava avanço de 0,29%, cotado a R$ 4,952. A moeda chegou a bater a máxima de R$ 4,972 e a mínima de R$ 4,927. O câmbio encerrou a semana passada com alta de 0,66%, a R$ 4,937. Depois de abrir o dia em alta, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, registrava queda de 0,41%, aos 126.736 pontos. A B3 não registrava este patamar desde o fim de maio. O último pregão da semana passada fechou com forte queda de 1,74%, aos 127.255 pontos.

Investidores seguem analisando a nova proposta de reforma tributária projetada pelo Ministério da Economia. O texto foca no corte do Imposto de Renda para pessoas físicas e empresa, ao mesmo tempo que prevê a recomposição com a tributação de dividendos em 20%. Pela nova proposta, a base de isenção do IR seria expandida para quem recebe até R$ 2,5 mil, ante o limite atual de R$ 1,9 mil. Já para pessoas jurídicas, o governo estima uma redução de 2,5% ao ano. Atualmente, a alíquota geral da tributação de empresas é de 15%, com um adicional de 10% para lucros acima de R$ 20 mil por mês. Essa composição inicial será reduzida para 12,5% em 2022 e 10% a partir de 2023.

Ainda na pauta doméstica, o mercado financeiro revisou para cima as previsões de inflação e Produto Interno Bruto (PIB) em 2021. A estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou a 5,97%, ante 5,90% na semana passada, e 5,31% há um mês. O número está ainda mais descolado do teto da meta de 5,25% perseguida pela autoridade monetária, com centro de 3,75% e piso de 2,25%. Na semana passada, o BC estimou que a inflação encerre o ano com alta de 5,80%. Já a previsão para a retomada da economia aumentou para 5,05%, contra 5% há uma semana e 3,96% há um mês.

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