Guedes: ‘Manobras colossais precisam de segurança jurídica e legislativa’

De acordo com o ministro da Economia, Paulo Guedes, o valor total empregado até o final da crise provocada pelo coronavírus pode atingir ‘quase 1 trilhão’

  • Por Jovem Pan
  • 03/04/2020 16h43 - Atualizado em 03/04/2020 17h06
Dida Sampaio/Estadão Conteúdo Paulo Guedes Paulo Guedes é ministro da Economia do Brasil durante o governo Jair Bolsonaro

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta sexta-feira (3) que os valores estabelecidos no chamado Orçamento de guerra, empregados pelo governo federal para enfrentamento da crise do coronavírus são resultado de “manobras colossais” no Orçamento.

Segundo Guedes, o valor total empregado até o final da crise pode atingir “quase 1 trilhão ao longo dos próximos meses”. “Por isso que precisamos da blindagem jurídica e legislativa para isso. A decisão do presidente é que devemos seguir avançando e, pela manifestação do congresso e de ministros do Supremo, essa união ocorrerá”, informou.

Nesta segunda, o presidente Jair Bolsonaro sancionou a medida que estabelece ajuda de R$ 600 ao trabalhadores informais do Brasil, e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, chegou a cobrar agilidade do governo na liberação dos recursos.

Para Guedes, no entanto, a logística de entrega dos benefícios é que dará celeridade ao processo de pagamento. “Não são um ou dois dias de atraso ou antecipação [da liberação], vamos deixar o povo consciente disso, desde que começamos a formular o programa estamos formulando a logística de entrega”, disse.

“Vamos seguir mesmo antes da entrega da PEC, são manobras colossais que estamos fazendo. Serão R$ 300 bilhões e mais o deficit estrutural que já existia, daí a necessidade de segurança jurídica e legislativa. A gente precisa ajudar e chamar a atenção para o tamanho e para magnitude dos recursos disponibilizados. Nenhum país emergente fez um movimento tão rápido”, alertou.

O ministro também pediu união para enfrentar o período de crise. “Peço espírito de união e defesa da saúde e do cidadão neste momento. Depois pode todo mundo chutar todo mundo de novo, mas primeiro precisamos estar juntos. Ali na frentes voltamos a brigar de novo porque democracia é assim mesmo. Agora não é o momento para explorar politicamento esse tema”.

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