Ibovespa mantém alta e supera os 118 mil pontos com euforia nos mercados globais

Principal indicador da Bolsa de Valores brasileira atingiu o melhor desempenho desde a máxima do ano registrada em janeiro; dólar cai para R$ 5,07

  • 17/12/2020 18h32
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Rogério de Santis/Futura Press/Estadão Conteúdo Rogério de Santis/Estadão Conteúdo Ibovespa renovou máxima de janeiro nesta quinta ao fechar acima dos 118 mil pontos

A Bolsa de Valores brasileira seguiu o clima de euforia dos mercados globais e registrou a quarta alta consecutiva nesta quinta-feira, 17. O Ibovespa, principal índice da B3, fechou o pregão com avanço de 0,46%, aos 118.400 pontos. Este é o melhor desempenho desde a máxima de 119.527 pontos alcançados em 23 de janeiro. A Bolsa chegou próxima dos 119 mil pontos, impulsionada pela expectativa da vacinação contra o novo coronavírus na União Europeia no próximo dia 27, e ainda repercutindo os anúncios do Banco Central dos Estados Unidos (Fed, na sigla em inglês) feitos na véspera. O mercado nacional vem em uma sequência positiva, e nesta quarta-feira, 16, fechou acima dos 117 mil pontos. O cenário externo também impactou na desvalorização do dólar. A divisa norte-americana encerrou o dia com recuo de 0,53%, a R$ 5,078. A moeda chegou a bater a mínima de R$ 5,042, enquanto a máxima não ultrapassou R$ 5,087. Na véspera, o dólar encerrou com alta de 0,34%, a R$ 5,106.

União Europeia anunciou que a vacinação contra a Covid-19 começará nos próximos dias 27, 28 e 29 em todos os países que compõem o bloco. “A entrega começará no dia 26, e então cada Estado precisa se organizar. O importante é que seja um esforço coordenado. É absolutamente normal que haja um pouco de espaço para lançar a vacinação”, explicou o porta-voz  da Comissão Europeia, Eric Mamer, nesta quinta. O informe foi dado antes da aprovação do imunizante desenvolvido pela Pfizer em parceria com a BioNTech  pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês), que deve ocorrer no próximo dia 21. A Arábia Saudita também anunciou hoje que já deu início na imunização da sua população com a vacina da Pfizer/BioNTech. Os investidores também repercutem a decisão do Fed em manter a taxa básica de juros próxima de zero, como já era esperado. A autoridade monetária ainda reassumiu o compromisso de manter os juros baixos até que a economia esteja novamente aquecida, e afirmou que vai continuar injetando dinheiro para mitigar os efeitos do novo coronavírus. Ainda no cenário internacional, os mercados aguardam pela chancela do pacote fiscal acima de US$ 900 bilhões pelo Congresso norte-americano neste ano. O acordo deve ser assinado por Democratas e Republicanos após semanas de expectativas e recuos nas negociações.

No noticiário doméstico, O Banco Central (BC) revisou a perspectiva de queda do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020 para 4,4%, segundo o Relatório da Inflação do quarto trimestre. Na edição anterior, publicada em setembro, a autoridade monetária previa tombo de 5%. A projeção para 2021 foi levemente rebaixada para crescimento de 3,8%, ante 3,9% estimado previamente. A revisão para a expectativa do crescimento da economia no próximo ano é justificada pela continuidade das incertezas trazidas pela pandemia do novo coronavírus e quais os impactos da paralisação das atividades. A agenda de reformas estruturantes e os ajustes necessários na economia brasileira também foram levados em consideração para a retração. A autoridade monetária também alterou a projeção para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial da inflação brasileira, para avanço de 4,1%. No relatório de setembro, o crescimento era projetado em 2,1%.

 

 

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