Vendas no comércio crescem 1,8% em abril, o melhor resultado para o mês em 21 anos

Desempenho positivo elimina as perdas de março e deixa o setor acima do patamar pré-pandemia; segmento de eletrodomésticos e móveis lidera alta

  • Por Jovem Pan
  • 08/06/2021 12h38 - Atualizado em 08/06/2021 16h09
LEANDRO FERREIRA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO Pessoas caminham na rua com sacos de compra nas mãos Índice da CNC alcança, em setembro, o terceiro mês consecutivo de alta na comparação anual

As vendas no comércio cresceram 1,8% em abril ante março, o melhor resultado para o mês em 21 anos, segundo dados divulgados nesta terça-feira, 8, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado fez o setor eliminar as perdas de 1,1% registradas no mês anterior, quando a atividade foi impactada pela reedição de medidas de isolamento social. O desempenho deixa o varejo 0,9% acima do patamar pré-pandemia. O setor acumula crescimento de 4,5% no ano e de 3,6% nos últimos 12 meses. Na comparação com o mesmo mês de 2020, o setor registrou alta de 23,8%, a segunda taxa positiva consecutiva.

O bom desempenho foi registrado em sete das oito categorias pesquisadas. O setor de móveis e eletrodomésticos liderou a alta, com crescimento de 24,8%, seguido pelos tecidos, vestuário e calçados, com avanço de 13,8%. O segmento de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo foi o único a ter retração frente ao mês anterior, com queda de 1,7%. O setor é responsável por quase metade do volume de vendas pesquisado. “O consumo das famílias se modificou em termos de estrutura no começo da pandemia. O que tem acontecido é que, em alguns setores, o consumo tem se concentrado em momentos específicos do ano. Antigamente, esses momentos eram muito marcados, como a Black Friday e o Natal, agora o cenário mudou”, afirma o gerente da pesquisa, Cristiano Santos.

No comércio varejista ampliado, que inclui as atividades veículos, motos, partes e peças e de material de construção, o aumento no volume de vendas foi de 3,8%. Ambas as atividades haviam recuado no mês anterior. “O que observamos é que está aumentando a volatilidade mês a mês. Se olharmos os últimos índices, veremos que o comércio está tendo movimentos de mais ganhos e mais perdas. Um mês acaba rebatendo o outro, porque em um mês teve uma receita maior e no outro teve uma teve uma receita menor. Há também algumas antecipações de promoções em alguns setores”, afirma o pesquisador.

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