EUA dizem que dados de 21,5 milhões de pessoas foram roubados em ciberataque

  • Por Agencia EFE
  • 09/07/2015 22h47
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Washington, 9 jul (EFE).- O ataque cibernético contra o governo dos Estados Unidos revelado em junho, e que a imprensa americana atribuiu a hackers chineses, foi maior do que o divulgado em um primeiro momento e afetou informações “sensíveis” de 21,5 milhões de pessoas, informou nesta quinta-feira o Executivo do país.

O Escritório de Recursos Humanos do governo (OPM, sigla em inglês), que foi a vítima do ataque, informou hoje que os hackers roubaram dados pessoais, incluindo números da previdência social e outras informações sensíveis, de 21,5 milhões de pessoas.

Destas, 19,7 milhões são pessoas que foram submetidas ao controle de segurança do governo, na maioria dos casos gente que buscava um emprego na Administração, nas empresas prestadoras de serviços para o Estado e outros indivíduos vinculados ao setor público. Já os outros 1,8 milhões restantes são familiares de alguns dos anteriores.

Além dos registros da previdência social, os hackers também tiveram acesso a endereços e históricos financeiros e de saúde.

Entre os 21,5 milhões de afetados revelados hoje, se encontram várias pessoas que também foram vítimas de outro ciberataque, segundo a OPM, “distinto, mas relacionado”, que afetou 4,2 milhões de funcionários atuais e antigos do governo federal.

A soma de todos os afetados pelos ataques chega a um total de 22,1 milhões de pessoas, ou seja, cerca de 7% da população dos Estados Unidos.

Trata-se, portanto, de um dos ataques mais abrangentes já registrados contra a Administração americana, tanto pelo número de afetados como pela sensibilidade dos dados roubados.

Apesar de não haver uma confirmação oficial de quem esteva por trás do ataque, são várias as vozes nos EUA, tanto na imprensa quanto na política, que garantem que os responsáveis foram hackers chineses.

Segundo o jornal “The Washington Post”, a China está elaborando “bases de dados maciças com informações pessoais de americanos”, a fim de “recrutar espiões ou conseguir mais informações sobre um adversário”.

O governo chinês, por sua vez, garantiu que não há “provas científicas” que o relacionem com esses ataques. EFE

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