Explosões e tiros em frente à sede do governo da Somália deixam vários mortos

  • Por Agencia EFE
  • 21/02/2014 10h02
  • BlueSky

Mogadíscio, 21 fev (EFE).- Um número indeterminado de pessoas morreu nesta sexta-feira vítimas de explosões e tiros registrados em frente à Villa Somália, sede da presidência e do governo somali, em Mogadíscio, informou a imprensa local.

O presidente da Somália, Hassan Sheikh Mohamud, escapou ileso, confirmou o representante especial da ONU para a Somália, Nicholas Kay, que informou sobre um número indeterminado de mortos no ataque.

“O presidente acaba de me ligar para dizer que escapou ileso. O ataque contra Villa Somália fracassou. Tristemente, algumas vidas se perderam. Condeno de forma contundente este terrorismo”, disse Kay em sua conta no Twitter.

Segundo a Missão da União Africana na Somália (Amisom) afirmou no Twitter, o palácio presidencial foi atacado por membros da milícia radical islâmica somali Al Shabab, mas a agressão “covarde” foi abortada.

A cadeia de comunicação local “Shabelle” informou de pelo menos “quatro explosões suicidas” diante da Villa Somália.

Segundo a emissora de rádio local “RCB”, homens uniformizados dispararam contra o complexo governamental e houve troca de tiros.

A Al Shabab alcançou uma grande notoriedade internacional em setembro do ano passado, quando atacou o shopping Westgate, em Nairóbi (Quênia), ação que deixou pelo menos 67 mortos.

Apesar dos avanços conseguidos nos últimos anos no terreno político, a Somália ainda se encontra imersa em uma prolongado e complexo conflito armado.

As tropas da Amisom, o exército somali e várias milícias pró-governo combatem a Al Shabab, o grupo jihadista dominante desde 2006.

A organização, que anunciou em fevereiro de 2012 sua união formal com a Al Qaeda, luta supostamente para instaurar um estado islâmico de corte wahhabista na Somália.

A Somália vive em um estado de guerra e caos desde 1991, quando o ditador Mohammed Siad Barre foi deposto, o que deixou o país sem um governo medianamente efetivo e em mãos de milícias radicais islâmicas, senhores da guerra e grupos de criminosos armados. EFE

  • BlueSky

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.