Familiar do presidente afegão morre em atentado suicida em Kandahar

  • Por Agencia EFE
  • 29/07/2014 10h21

Cabul, 29 jul (EFE).- Um primo do presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, morreu nesta terça-feira em um atentado suicida na província de Kandahar, no sul do Afeganistão, informou à Agência Efe uma fonte policial.

O atentado ocorreu por volta das 10h30 locais, quando um homem detonou os explosivos que levava em frente à casa do familiar do presidente, identificado como Hashmat Khalil Karzai.

Um porta-voz policial, Zia Ul Rahman, declarou que o homem se dirigiu à residência do familiar do presidente para participar da festa de Eid ul-Fitr, com a qual os muçulmanos celebram o fim do Ramadã.

Hashmat Khalil Karzai era representante no sul do Afeganistão da equipe de Ashraf Gani, um dos dois rivais do segundo turno das eleições presidenciais afegãs, e foi candidato à assembleia provincial de Kandahar, segundo a agência local AIP.

Até o momento, os talibãs e nenhum outro grupo insurgente reivindicaram a autoria do atentado.

Em julho de 2011, em um atentado em Kandahar, os talibãs assassinaram um “meio-irmão” do presidente afegão, Ahmed Wali Karzai, até então o homem mais poderoso do sul do país asiático.

Gani e Abdullah Abdullah disputam a presidência do país no segundo turno das eleições, cuja votação foi realizada no último dia 14 de junho. No entanto, a recontagem dos 8,1 milhões de votos está pendente de uma auditoria para diferenciar os válidos dos fraudulentos.

O conflito afegão se encontra em um de seus momentos mais sangrentos desde a invasão dos Estados Unidos, a qual propiciou a queda do regime talibã há 13 anos.

As tropas internacionais começaram a se retirar gradualmente do Afeganistão 2011, quando começaram a transferir por fases a competência da segurança ao Exército e à polícia.

A Isaf concluirá sua missão no Afeganistão no final deste ano, embora os EUA já tenham anunciado a permanência de uns 9.800 soldados no país até completar sua saída total, prevista para ocorrer no final de 2016. EFE

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