Famílias das vítimas lembram quatro anos do massacre de Realengo

  • Por Agência Brasil
  • 07/04/2015 13h29
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RJ - TIROTEIO/ESCOLA - CIDADES - Ambulâncias e viaturas policiais são vistas em frente à Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na zona oeste do Rio de Janeiro. Por volta das 8h30 um homem armado invadiu a escola e teria disparado de forma aleatória contra as pessoas que estavam no local. O atirador foi identificado como Wellington Menezes de Oliveira, de 24 anos. Ele seria ex-aluno do colégio. Pelo menos treze pessoas morreram e dezenas ficaram feridas. 07/04/2011 - Foto: TASSO MARCELO/AGÊNCIA ESTADO/AE TASSO MARCELO/AGÊNCIA ESTADO/AE Tragédia em Realengo

Quatro anos após o assassinato de 12 adolescentes na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na zona oeste do Rio de Janeiro, moradores da comunidade cobraram mais seguranças nas escolas. A tragédia foi lembrada hoje (7) em uma missa na Paróquia Nossa Senhora de Fátima, no mesmo bairro. Fotos das vítimas foram expostas em banners na igreja.

A presidente da Associação dos Anjos de Realengo, Adriana Silveira, mãe da vítima Luiza Paula, criticou a falta de segurança nas escolas e disse que nada mudou desde a tragédia. Para ela, a presença de guardas municipais nas escolas pode inibir pessoas com intenções violentas e um trabalho de conscientização deve ser feito para combater o bullying. Na visão dela, o bullying praticado contra o ex-aluno Wellington Menezes de Oliveira teve “grande contribuição” para que ele voltasse à escola anos depois e cometesse os crimes.

“Nossa luta é por segurança nas escolas e para que se tenha profissionais qualificados que identifiquem crianças que possam por problemas, que tenham algum distúrbio e que sejam encaminhadas para tratamento”, disse.

No fim da tarde, uma campanha contra o bullying será lançada pela associação em uma oração no Cristo Redentor. A iniciativa contará com um concurso de redação e frases sobre bullyingpara escolas de ensino fundamental e médio.

Mãe da vítima Mariana Rocha, Noeli da Silva Rocha, de 43 anos, fez uma tatuagem com o nome da filha no antebraço esquerdo. Ela conta que abril é um mês difícil para família.  “No dia 1º começa a vir aquela dor no peito, que só aumenta. Não desejo para o meu pior inimigo o que passamos”.

O arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani Tempesta, enviou uma mensagem e a organização não governamental (ONG) Viva Rio fez uma ação incentivando a doação de sangue.

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