França pede que Conselho de Segurança condene atrocidades do EI no Iraque
Paris, 1 ago (EFE).- A França propôs nesta sexta-feira que seja feita nos próximos dias uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas que condene as atrocidades cometidas pelo Estado Islâmico (EI) contra a população civil do Iraque “por causa de suas crenças” e exigiu que não fiquem impunes.
“A França irá também ao Conselho de Direitos Humanos para que comece uma investigação sobre esses crimes”, disseram os ministros das Relações Exteriores, Laurent Fabius, e de Interior, Bernard Cazeneuve, após se reunirem com representantes da Igreja Católica e de igrejas cristãs do Oriente.
Foi analisada no encontro “a grave situação das minorias no Iraque e as ameaças que pesam principalmente sobre os cristãos por parte da organização terrorista Estado Islâmico”.
Em 18 de julho os cristãos de Mossul, a segunda cidade do Iraque, tiveram que fugir em massa depois de expirar o ultimato de três dias marcado pelos extremistas caso não renunciassem a sua religião e se convertessem ao islã.
Os dois ministros franceses compartilham “a imperiosa necessidade de garantir a proteção das minorias para permitir que permaneçam em seu país, e de preservar a diversidade e a integridade do Iraque”.
Fabius e Cazeneuve lembraram que o executivo francês desbloqueou “uma ajuda humanitária excepcional para os deslocados do Iraque”, e deu instruções aos consulados em Bagdá e Erbil para permitir abrigo e proteção “caso que a urgência o justificasse”.
O comunicado anunciou também que Fabius viajará ao Iraque assim que for conformado o novo governo no país “para tratar no terreno essas questões e a situação política, humanitária e de segurança em conjunto”, e que será realizada uma nova reunião em setembro para avaliar as novas medidas que devem ser tomadas.
Na segunda-feira Paris já tinha condenado as ameaças dos grupos jihadistas contra os cristãos no Iraque e se disse disposto a facilitar o asilo aos deslocados que desejem ir para a França. EFE
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