Funcionários e diplomatas tunisianos sequestrados na Líbia são libertados
Túnis, 19 jun (EFE).- Milícias líbias libertaram nesta sexta-feira os dez funcionários e diplomatas tunisianos que sequestraram há uma semana no consulado da Tunísia em Trípoli para forçar a libertação de um de seus líderes
Fontes do Ministério de Relações Exteriores tunisiano confirmaram à Efe que as dez pessoas estão bem de saúde e retornarão a seu país hoje mesmo.
“Os diplomatas e funcionários viajarão esta manhã rumo ao aeroporto militar de Al Awina, junto ao aeroporto civil da capital, e a chegada está prevista pouco antes do meio-dia”, explicou a fonte, sem dar outros detalhes.
O retorno aconteceu horas depois que um juiz tunisiano ordenou a libertação “por falta de provas” de Walid al Qalib, líder de uma das milícias que integram a plataforma Fayer Libya, leal ao governo rebelde em Trípoli.
“No julgamento realizado na quinta-feira não se pôde ser provado que o acusado tenha cometido um ato terrorista em território tunisiano ou que tenha posto em risco a segurança interior do país”, detalhou o advogado de defensa, Faisal Ben Jaafar.
Qalib, unido por laços familiares com o ministro de Justiça líbio, foi detido há mais de um mês no aeroporto de Túnis após aterrissar procedente da Turquia e acusado de tráfico de armas, tentativa de sequestro e vínculos com o braço líbio do autoproclamado Estado Islâmico.
Dias após sua detenção, 152 cidadãos tunisianos foram detidos na Líbia por homens vinculados a Qalib.
Os tunisianos, todos eles trabalhadores na Líbia, foram libertados em três rodízios ao longo das semanas seguintes após um suposto acordo entre as autoridades consulares de Tunísia e o governo em Trípoli.
No entanto, no fim de semana passado, homens armados entraram no consulado de Túnis e sequestraram dez diplomatas e funcionários, aparentemente para forçar de novo a libertação de Qalib. EFE
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