Governo da Tailândia suspende estado de exceção em Bangcoc
Bangcoc, 18 mar (EFE).- O governo interino da Tailândia decidiu suspender nesta terça-feira o estado de exceção decretado em janeiro devido ao aumento dos protestos que exigiam uma reforma no sistema político antes da realização de eleições.
O estado de exceção, que ficaria vigente até o próximo sábado e que afetava Bangcoc e outras províncias vizinhas, será substituído a partir de amanhã pela Lei de Segurança Interna, informou o jornal “Bangcoc Post”.
A lei estará vigente até as eleições pendentes, que ocorrem entre os dias 20 e 27 de abril em várias províncias do sul do país e em alguns distritos de Bangcoc, onde foram boicotadas pelos manifestantes, afirmou o porta-voz governamental, Suranand Vejjajiva.
A declaração de estado de exceção, junto com as manifestações que ocuparam durante meses algumas das principais avenidas da cidade, causaram importantes prejuízos econômicos no setor turístico.
Os protestos perderam bastante força nas últimas semanas, apesar de os manifestantes continuarem acampados em áreas chave de Bangcoc, como o Parque de Lumpini, a Casa do Governo e o complexo governamental de Chaeng Wattana.
O movimento antigovernamental exige a renúncia do governo interino de Yingluck Shinawatra e o adiamento de qualquer processo eleitoral até que haja uma reforma no sistema político e que se tenha acabado com a corrupção.
O governo interino tailandês segue apostando na realização de eleições antecipadas para superar a crise política na qual o país está inserido e rejeitou desde o primeiro dia a utilização da força para dissolver os protestos.
Segundo o Centro de Serviço Médico de Urgências Erawan, 23 pessoas morreram e 768 ficaram feridas desde o início das manifestações no dia 25 de novembro de 2013.
A Tailândia vive uma profunda crise política desde 2006 quando um golpe de estado militar depôs o então primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, irmão mais velho da atual governante, com frequentes manifestações nas ruas que causaram dezenas de mortes e grandes perdas econômicas. EFE
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