Grande operação silencia atos para lembrar 25 anos de massacre em Pequim

  • Por Agencia EFE
  • 04/06/2014 07h37
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Pequim, 4 jun (EFE).- O governo da China montou uma enorme operação policial e militar em Pequim para evitar qualquer ato que lembre o massacre de Praça da Paz Celestial, que completa nesta quarta-feira 25 anos, e que colocou fim a quase sete semanas de protestos estudantis e operários que pediam liberdade e democracia.

A Praça da Paz Celestial, centro das manifestações, amanheceu hoje cheia de policiais e militares, que controlam todos aqueles que visitam o emblemático local, segundo constatou a Agência Efe.

Para chegar à praça, é preciso passar por um cinturão de segurança e uma revista, realizada em uma guarita instalada depois do atentado ocorrido em outubro do ano passado, quando um carro invadiu a calçada do local e matou cinco pessoas.

Nenhum jornalista está autorizado a gravar ou ficar em volta da praça, em função da “legislação chinesa” e mesmo se levar uma credencial de trabalho, segundo explicou um policial à Efe em um dos acessos à praça.

A prevenção das autoridades em relação ao aniversário é tanta que o número de agentes superava o de turistas, chineses e estrangeiros que faziam fotos na praça ou em frente ao retrato de Mao em frente à Cidade Proibida.

A operação de hoje é mais uma tentativa do governo chinês de silenciar o aniversário do fim dos protestos de estudantes e operários contra a corrupção do Partido Comunista e do regime chinês e a favor da democracia.

Na ocasião, o governo de Deng Xiaoping decidiu enviar os militares para a capital chinesa para acabar com as manifestações, o que originou um massacre na qual morreram entre 300 e até três mil pessoas, segundo diversas fontes.

Para garantir que o obscuro capítulo da história da China não se recorde hoje, as autoridades detiveram ou interrogaram previamente até 50 personalidades do país asiático, entre ativistas, jornalistas e advogados, em uma campanha de repressão muito mais dura do que em ocasiões anteriores, segundo organizações de direitos humanos. EFE

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