Hackers direcionam ataques a empresas e governos e investimento em segurança deve chegar a US$ 77 bi
Investimento em segurança digital cresce, mas usuários ainda são principal porta de entrada para ameaças cibernéticas em empresas do mundo todo.
De alguns anos para cá, o padrão de atividade dos hackers mudou e os internautas deixaram de ser o alvo principal dos ataques.
As ameaças estão cada vez mais direcionadas para as empresas e governos, o que aumenta o nível da artilharia e também das medidas de proteção.
Neste ano, em todo o mundo, os investimentos em segurança da informação deverão atingir US$ 77 bilhões de dólares, de acordo com a consultoria Gartner.
Apesar disso, a expectativa é de crescimento nos ataques e nas informações coletadas pelos cibercriminosos.
O coordenador do MBA da FIAP, Celso Poderoso, explica que investir em ferramentas de proteção é tão importante quanto formar os usuários. “Você acostumar as pessoas a agirem de maneira segura acaba sendo muito importante para as empresas”.
Ainda que a vida das pessoas esteja quase que integralmente no ambiente online, é difícil para alguns tomarem consciência da importância de se proteger.
Falando ao repórter Carlos Aros, o conselheiro do Comitê Gestor da Internet, Demi Getschko, diz que essa noção chega sempre tarde demais. Ele diz que não é bom ser “neurótico” com o assunto, “mas alguma atenção tem que se ter”. “Se você usa um celular, que guarda suas fotos, suas mensagens e seus contatos, e esse celular não tem nenhuma senha de proteção e você o deixa em algum lugar e você perde ou é roubado, então parte da sua informação está desguarnecida”, alerta.
Relatório da empresa de segurança digital Kaspersky Lab mostra que ataques cibernéticos iniciados em 2013 causaram prejuízos de US$ 1 bilhão de dólares.
Os alvos foram bancos de 30 países e os hackers tiveram acesso aos sistemas, em boa parte dos casos, por causa do descuido de funcionários.
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