Israel envia soldados para evitar ataques de palestinos em cidades
As Forças Armadas de Israel começaram a enviar centenas de soldados em várias cidades nesta quarta-feira, para auxiliar as forças policiais a conter uma onda de ataques de palestinos, com tiros ou facadas, que criaram pânico pelo país. A medida é a primeira anunciada pelo gabinete de segurança israelense para conter os ataques, que tiveram forte alta nos últimos dias.
Muitos dos agressores são oriundos de zonas árabes de Jerusalém, o que gerou pedidos de que se isolem esses bairros, para conter potenciais ataques. Em uma nova medida, as forças israelenses implementaram postos de controle nos bairros palestinos da cidade, para monitorar as áreas.
O gabinete de segurança do país, que se reúne de novo nesta quarta-feira, também decidiu retirar os direitos de residência e demolir casas de alguns dos agressores. Além disso, centenas de outros guardas foram escalados para vigiar o transporte público. A polícia israelense disse que 300 soldados já haviam sido incorporados nas ruas de Jerusalém Oriental, onde vivem muitos dos agressores.
Nesta quarta-feira, a polícia de Israel atirou e matou um homem árabe, após ele puxar uma faca e tentar atacar policiais. Nas últimas semanas, oito israelenses morreram em uma série de ataques com facas e armas, enquanto 30 palestinos também foram mortos, 13 deles identificados por Israel como agressores e os demais em confrontos com forças israelenses.
O ministro de Interior de Israel, Gilad Erdan, disse que os corpos dos palestinos mortos não serão devolvidos às famílias para os enterros. Segundo a autoridades, as procissões funerárias de palestinos que mataram israelenses geralmente se tornam “uma exibição de apoio ao terror e de incitamento ao homicídio”.
O governo não tem conseguido acabar com os ataques, em geral cometidos por jovens palestinos que não têm ligação com grupos militantes conhecidos e aparentemente agem por conta própria. A onda de violência começou há um mês, por volta do Ano Novo Judaico, diante de rumores de que os israelenses teriam um plano de tomar o controle da área mais delicada de Jerusalém, considerada sagrada tanto para judeus quanto para muçulmanos. O governo de Israel nega ter essa intenção.
Israel diz que a violência é impulsionada por grupos militantes nas redes sociais e pela liderança palestina. Já os palestinos dizem que os episódios são resultado de anos de ocupação e de fracassos nos esforços pela paz.
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