Jornada de trabalho na Venezuela é reduzida por calor e consumo de energia

  • Por Agencia EFE
  • 28/04/2015 17h13

Caracas, 28 abr (EFE).- O governo da Venezuela reduziu nesta terça-feira a jornada de trabalho perante a onda de calor que atinge o país com picos de temperaturas de até 45 graus e sensação térmica próxima aos 50 graus, o que disparou o consumo elétrico.

Jorge Arreaza, vice-presidente do Executivo do presidente Nicolás Maduro, e o ministro da Energia Elétrica, Jesse Chacón, manifestaram em entrevista coletiva conjunta que a jornada de trabalho no setor público deverá ser contínua e começará às 7h30 local e acabará às 13h (8h30 e 14h, em Brasília).

Entre segunda e terça-feira, o consumo de energia elétrica, principalmente com o uso generalizado de ares condicionado, foi “bastante significativo” e passou de cerca de 16 mil para 18 mil megawatts, informou Arreaza.

Trata-se de um salto que, no setor estatal, dará passagem a “severas e rigorosas” inspeções para obrigar uma economia do consumo energético, advertiu.

Os servidores públicos devem ser “muito mais comedidos e moderados” no uso da energia elétrica, o que também vale para os 30 milhões de habitantes do país, exortou o vice-presidente.

Chacón lembrou, por sua vez, que 2014 foi para a Venezuela “o ano mais seco dos últimos 60 anos” e que as sequelas disso ainda perduram.

Isso mantém os açudes geradores de energia hidrelétrica em cotas baixas que são incompatíveis com o pico de até 18.300 megawatts de consumo, advertiu.

A redução da jornada de trabalho no setor público excetua os setores educativo, policial, da saúde, da fabricação de alimentos, geração de água potável, petróleo, gás, assim como coleta de lixo, transporte e bancos, entre outros, detalhou.

O ministro também dispôs que as indústrias e outras empresas privadas “otimizem a autogeração de energia” com equipamentos próprios. EFE

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