Libéria reabre fronteiras após a queda do número de casos de ebola

  • Por Agência EFE
  • 21/02/2015 10h31
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Reprodução Possíveis novos casos de ebola na Tanzânia não estão sendo comunicados, diz OMS

A Libéria anunciou a reabertura das principais fronteiras do país e a suspensão do toque de recolher imposto por seu governo como medida para conter o ebola, depois que se tenha registrado uma queda do número de novos contágios do vírus.

A presidente liberiana, Ellen Johnson-Sirleaf, informou desta decisão em comunicado divulgado na noite de sexta-feira, no qual detalhou que a medida entrará em vigor a partir deste domingo e que foi consultada e assessorada pelo Conselho de Segurança Nacional da Libéria.

Em julho do ano passado, seu governo havia anunciado medidas “estritas” para lutar contra a propagação do ebola, entre as quais figuravam o fechamento de parte de suas fronteiras, com a exceção dos aeroportos.

Agora, perante uma aparente melhora da situação na região, as fronteiras com Serra Leoa e Guiné – os outros dois países mais afetados pelo ebola – serão abertas novamente.

No entanto, continuarão em andamento os protocolos sanitários nestes pontos de acesso para garantir a segurança de todos os cidadãos.

A governante também suspendeu o toque de recolher que ela mesmo impôs em agosto do ano passado como medida para conter o vírus, que até o momento causou mais de 9.000 mortes e mais de 22.000 contágios em África Ocidental.

Pouco a pouco, a Libéria vai recuperando sua normalidade, e inclusive a maioria das escolas do país já reabriram após permanecer fechadas por seis meses, embora poucos sejam os pais que levam as crianças às salas de aula por medo de novos contágios.

Por sua parte, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou na semana passada para a tendência de alta de novos casos de ebola na região.

Segundo seus últimos dados, de 3 a 7 de fevereiro, foram notificados 303 casos – confirmados, prováveis e suspeitos -, dos quais 54 foram detectados na Guiné, 136 na Libéria e 113 em Serra Leoa.

A ONU também advertiu recentemente que, apesar dos sinais de esperança expressados no começo do ano por causa de uma diminuição dos casos, a epidemia segue ativa e representa ainda uma séria ameaça. 

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