Manifestantes contrários ao golpe na Tailândia protestam em Bangcoc
Bangcoc, 24 mai (EFE).- Centenas de tailandeses se reuniram neste sábado para se manifestar em Bangcoc contra o golpe de Estado no país, enquanto alguns movimentos populares convocam novos protestos, mesmo com a proibição decretada pela junta militar.
Os manifestantes se concentraram diante de um centro comercial no norte da capital onde pediram a realização de eleições e mostraram cartazes com palavras de ordem como: “Levem o golpe para os quartéis, devolvam o poder ao povo”.
Vários soldados – equipados com material antidistúrbios – tentaram, sem sucesso, dispersar os manifestantes, que responderam com vaias aos militares que, por sua vez, evitaram o uso da força.
As pessoas dispersaram depois das ameaças dos militares de realizar detenções por violação da lei marcial, que proíbe as concentrações públicas de mais de cinco indivíduos, segundo o jornal “The Nation”.
No entanto, os manifestantes convocaram outro protesto para mais tarde e pediram a participação da população em outras concentrações em outros pontos da capital.
Grupos de cidadãos começaram a se manifestar contra o golpe ainda na quinta-feira, logo depois da tomada de poder pelos militares, e ontem renuíram dezenas de pessoas no distrito comercial de Bangcoc, onde cinco manifestantes foram presos depois de confrontarem os militares.
A junta militar também mantém sob custódia 150 políticos, membros do governo deposto e ativistas, entre eles, a ex-primeira-ministra Yingluck Shinawatra e mais 22 membros de seu clã familiar e político.
Todos eles foram detidos depois que se apresentaram às autoridades militares, que hoje intimaram outras 35 pessoas, entre elas vários intelectuais e ativistas favoráveis à democracia e contrários à lei de “lesada altivez” – que pune o crime de difamação da Casa Real com penas de três a 15 anos de reclusão – e os ameaçou de prisão em caso de não comparecimento. EFE
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