Manifestantes se acorrentam na prefeitura de SP para pedir linhas de ônibus
Três moradores de Marsilac, bairro da zona sul paulistana, se acorrentaram hoje (28) na sede da prefeitura de São Paulo para reivindicar transporte público para a região. O ato teve início por volta das 10h30 da manhã. Enquanto os manifestantes se acorrentavam do lado de dentro da prefeitura, cerca de 40 moradores, segundo os organizadores do ato, protestavam do lado de fora.
Após terem se acorrentado, os manifestantes conseguiram um encontro com representantes do Poder Público municipal e obter da prefeitura o compromisso, por escrito, de que, em até 20 dias, duas linhas de ônibus passarão a circular pelo bairro. Os moradores decidiram então encerrar o protesto por volta das 15h30 de hoje. A manifestação teve apoio do Movimento Passe Livre (MPL).
“Sem qualquer tipo de transporte na região, atualmente os moradores são forçados a caminhar diariamente cerca de 15 quilômetros até o ponto de ônibus mais próximo. A criação de uma linha de ônibus já foi aprovada há meses, mas até agora não saiu do papel”, disse o MPL, por meio de e-mail.
Os moradores reivindicam também que as linhas de ônibus sejam gratuitas, principalmente porque, por morarem no extremo sul da cidade, até que consigam chegar à área central, o tempo de integração permitido pelo Bilhete Único, de até três horas, seria ultrapassado. “Devido à localização de nossa região, no extremo sul do município, o tempo que gastaríamos no percurso para alcançar as áreas centrais ultrapassaria o tempo de integração do Bilhete Único Comum, obrigando-nos a pagar mais de uma tarifa em uma só viagem. Como a maioria da comunidade é formada por pessoas de baixa renda, que já estão excluídas da cidade e seus equipamentos, de nada adiantaria a implantação de uma linha tarifada, que restringisse o acesso dos moradores”, dizem os moradores da região, por meio de um manifesto.
Renata da Silva de Jesus Bispo, moradora de Marsilac, disse que, após a reunião com representantes da prefeitura, ainda é preciso estipular os horários e o itinerário das linhas. Segundo ela, caso o compromisso assumido não seja cumprido, os moradores pretendem continuar o protesto, “reunindo ainda mais gente”.
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