Médicos do Peru enfrentam polícia durante protestos

  • Por Agencia EFE
  • 21/02/2014 18h02

Lima, 21 fev (EFE).- Centenas de médicos peruanos entraram em confronto com a polícia em Lima nesta sexta-feira durante os protestos que realizam para reivindicar melhores salários e em rejeição a possível privatização do setor.

Os manifestantes, que já estão em greve por 48 horas, saíram de um parque do distrito de San Isidro e foram até o hotel Westin onde era realizada uma convenção sobre Saúde. Contudo, o grupo foi expulso por policiais que fecharam a passagem. No lugar, os médicos e outros profissionais da saúde fizeram discursos e queimaram um caixão repleto de exigências.

A manifestação continuou até o Ministério da Saúde, onde exibiram cartazes com mensagens alusivas as exigências.

A greve dos médicos de hospitais públicos vinculados ao Ministério da Saúde foi acatada hoje de forma parcial, 10% em Lima, e 20% em províncias, segundo um levantamento oficial. A greve acabou acarretando problemas para pacientes que ficaram com o atendimento prejudicado.

A ministra da Saúde, Midori de Habich, afirmou na quinta-feira passada que não existe qualquer tema pendente com os sindicatos, e informou que não privatizará os hospitais.

De acordo com o presidente da Federação Médica do Peru (FMP), Jesús Bonilla, seu grupo tem informação que será realizada a privatização de, pelo menos, sete hospitais em Lima.

Ele disse à Agência Efe na quinta-feira passada que seu sindicato pedia que os médicos ganhassem entre US$2.500 e US$3.500 mensais, de acordo com os anos de experiência, para elevar as atuais remunerações que são de, pelo menos, US$1.000.

Bonilla explicou ainda que o Ministério da Saúde maneja de maneira “vertical e arbitrária” o setor, sem consultar os médicos, e pretende impor “um modelo de atendimento que fracassou”.

Essa não é a primeira vez que a Saúde peruana para. Em 2013, aproximadamente, 15 mil médicos da FMP fizeram greve por um mês para reivindicar melhorias salariais e trabalhistas até que aceitaram uma proposta do governo sobre o tema. EFE

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