Adolescente marroquino usa garrafas de plástico para chegar à Espanha; assista

Nas últimas semanas, mais de 1,5 mil crianças e adolescentes tentaram entrar em Ceuta via mar; governo espanhol aponta ‘chantagem’ de Marrocos

  • Por Jovem Pan
  • 20/05/2021 19h42 - Atualizado em 20/05/2021 20h52
Reuters jovem marroquino preso a garrafas plásticas Jovem marroquino tenta entrar em Ceuta a nado

Um adolescente marroquino chegou até a costa de Ceuta, na Espanha, com garrafas plásticas amarradas ao corpo ao tentar atravessar, a nado, a fronteira com o Marrocos. Um vídeo postado nas redes sociais do ‘The Telegraph’ mostra o adolescente exausto ao chegar na praia de El Tarajal e desesperado com a presença de policiais no local. Ele ainda tentou correr e subir em um paredão de rocha, mas foi interceptado pelos soldados. De acordo com a ministra da Defesa da Espanha, Margarita Robles, o país africano está fazendo “chantagem” ao permitir a travessia de crianças e adolescentes. “É uma agressão às fronteiras espanholas e às fronteiras da União Europeia, e isso, no direito internacional é inaceitável”, disse Margarita durante uma entrevista a uma rádio pública espanhola, acrescentando que o Marrocos estava “usando” menores.

“Não estamos falando de jovens de 16, 17 anos, crianças de 7 ou 8 anos de idade, de acordo com as ONGs … ignorando o direito internacional. Não é aceitável colocar em risco a vida de menores ou de pessoas do próprio país por motivos que não entendo”, completou. As acusações acontecem durante um momento de tensão entre os dois países. A Espanha tem fornecido tratamento médico ao líder da Frente Polisário, um movimento de independência da Saara Ocidental (que está sob controle marroquino) que está gravemente doente por conta da Covid-19.

Na última semana cerca de oito mil pessoas chegaram a Ceuta a nado ou em pequenos bote infláveis. A ministra dos Direitos Sociais da Espanha, Ione Belarre, comentou ao canal de televisão TVE sobre a chegada das 1.500 crianças. “Estamos trabalhando para resolver o problema das crianças que vêm sozinhas. Muitos deles não sabiam das consequências de cruzar a fronteira. E muitos deles querem voltar. Portanto, estamos trabalhando para tornar isso possível”.

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