Advogado de Trump pede cancelamento de publicação de livro sobre o governo
Um advogado do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu nesta quinta-feira o cancelamento imediato da publicação e da divulgação de um livro sobre o primeiro ano do governo do republicano, que contém declarações polêmicas de ex-assessores e pessoas ligadas ao cotidiano da Casa Branca.
Segundo a imprensa americana, o advogado Charles Harder pediu ao autor de “Fire and Fury: Inside The Trump White House” (Fogo e Fúria: Dentro da Casa Branca de Trump, na tradução literal), Michael Wolff, e sua editora que “interrompam e desistam de qualquer publicação, revelação ou disseminação” do livro, que teve trechos revelados ontem pela revista “New York Magazine”.
O livro diz que o objetivo de Trump não era vencer as eleições presidenciais, mas sim potencializar suas marcas.
“Estamos investigando vários comentários falsos e sem fundamento feitos pelo sr. Wolff sobre o sr. Trump“, informou o advogado do presidente ao autor, prevista para ser lançada na próxima semana.
Na mensagem enviada ao escritor, o advogado de Trump afirma que avalia a possibilidade de entrar com ações contra o livro. Entre as alegações citadas estão que há invasão de privacidade e difamações contra o presidente e sua família.
O advogado de Trump também afirmou que é possível provar a intenção de Wolff é maliciosa. “O livro admite na introdução que contém declarações não verdadeiras e não cita nenhuma fonte para muitas de suas informações danosas sobre Trump“, disse.
A obra inclui um diálogo com o ex-estrategista-chefe da Casa Branca, Steve Bannon, que classifica como “traição” e “antipatriótica” a reunião em 2016 entre o filho mais velho do presidente, Donald Jr., e um grupo de russos na busca de documentos que prejudicassem a campanha de Hillary Clinton.
Por causa das declarações, os advogados do presidente enviaram a Bannon um documento similar ao recebido por Wolff. Eles querem que o ex-assessor para de fazer acusações contra Trump e cumpra o acordo de confidencialidade assinado antes de entrar no governo.
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