Aeroporto de Hong Kong suspende voos em segundo dia de protestos

  • Por Jovem Pan
  • 13/08/2019 10h44 - Atualizado em 13/08/2019 10h57
EFE Cidade já realiza atos por dez finais de semana seguidos

Após passar a segunda-feira (12) ocupado por manifestantes e ter cancelado mais de 300 voos, o Aeroporto Internacional de Hong Kong foi reaberto nesta terça-feira (13), mas operou pouco: desde que os protestos voltaram a ocupar o terminal aéreo, a Autoridade Aeroportuária da cidade autônoma anunciou a suspensão de todas as decolagens e de pelo menos 70 aterrissagens.

“Todos os serviços de check in foram suspensos a partir das 16h30 local (5h30, em Brasília)”, determinou um comunicado das autoridades aéreas. A nota pediu, ainda, que os passageiros que deixassem o terminal, mas indicou, sem especificar quais as condições para tal, que “alguns voos de chegada seguirão operando”.

Hong Kong já acumula protestos por dez fins de semana consecutivos. Ao levar os atos para o aeroporto, o objetivo dos manifestantes é chamar a atenção dos viajantes internacionais sobre a atual crise política e o que consideram brutalidade policial na hora de dispersar os protestos na cidade.

Segundo o jornal estatal chinês Global Times, a polícia de Hong Kong usará a força dada as circunstâncias no aeroporto. O chefe da polícia local, Stephen Lo,no entanto, se limitou a dizer que está “seguindo de perto” a situação no aeroporto após ser questionado se planeja dispersar os manifestantes.

Carrie Lam, chefe do Executivo local, voltou a defender o corpo policial e a criticar os manifestantes, que, segundo ela, levaram à cidade a “um caminho sem retorno” que poderia “afundar a sociedade em uma situação muito preocupante e perigosa”. Ela defendeu a atuação da polícia baseada em diretrizes sólidas. “Os policiais tomam decisões em momentos pontuais em prol dos interesses da segurança das pessoas (…). Não se pode dizer que tenham feito algo mal”, afirmou.

Companhias aéreas pediram aos passageiros que adiem qualquer tipo de viagem a Hong Kong que não seja essencial.

*Com informações da Agência EFE

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