Alemanha se dispõe a reconhecer Guaidó como presidente interino da Venezuela
O governo da Alemanha exigiu nesta sexta-feira (25) a realização imediata de eleições “livres e justas” na Venezuela e indicou que está disposto a reconhecer de forma provisória o autoproclamado presidente venezuelano Juan Guaidó como chefe de Estado interino.
O porta-voz do governo alemão, Steffen Seibert, disse em um encontro com os veículos de imprensa que Berlim considera que Nicolás Maduro “não pode ser o presidente legítimo da Venezuela” porque nas últimas eleições presidenciais não foram cumpridos os “padrões democráticos”.
O porta-voz lembrou que o governo alemão é favorável a uma solução europeia neste assunto e disse que a chanceler Angela Merkel falou ontem sobre a situação da Venezuela com o presidente de governo da Espanha, o socialista Pedro Sánchez.
Seibert afirmou que a Assembleia Nacional – que é controlada pela oposição e foi declarada “inconstitucional” esta semana pelo Tribunal Supremo da Venezuela – tem que ter um papel importante no caminho para eleições livres e lembrou que “Juan Guaidó é o líder da Assembleia Nacional”.
“São necessárias eleições livres e justas, a liderança legítima do país não é de Nicolás Maduro, acreditamos que a Assembleia Nacional deve ter um papel importante no processo para sair da crise e Juan Guaidó é o líder da Assembleia Nacional”, afirmou Seibert.
A porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da Alemanha, Maria Adebahr, também disse que “a Assembleia Nacional é o único órgão legitimado democraticamente na Venezuela”.
Adebahr citou uma frase dita em Nova York pelo ministro das Relações Exteriores, Heiko Maas, na qual ele ressaltou que na crise venezuelana a Alemanha não é neutra e está ao lado de Juan Guaidó.
“A respeito da Venezuela, não somos neutros, estamos ao lado de Juan Guaidó”, afirmou Adebahr.
Tanto Seibert como Adebahr lembraram que a União Europeia (UE) não reconheceu o resultado do pleito em que Maduro foi eleito presidente por considerar que o processo eleitoral não tinha cumprido com “os mínimos padrões democráticos”.
*Com Agência EFE
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