Ataque deixa ao menos 27 mortos e 55 feridos no Afeganistão

  • Por Jovem Pan
  • 06/03/2020 10h29
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EFE No ano passado, também durante evento, pelo menos onze pessoas morreram e outras 95 ficaram feridas

Ao menos 27 pessoas morreram e 55 ficaram feridas durante tiroteio realizado nesta sexta-feira (6) em Cabul, capital do Afeganistão. O ataque aconteceu durante evento que contava com a presença de Abdullah Abdullah, chefe do governo afegão, e outras autoridades que foram retiradas do local e não ficaram feridas.

“Após o ataque, o serviço de ambulâncias de Cabul transportou 27 mortos e 55 feridos para os nossos hospitais”, disse o porta-voz do Ministério da Saúde Pública, Wahidullah Mayar.

O tiroteio, cuja autoria é desconhecida, começou quando o presidente do Conselho Superior da Paz, Karim Khalili, fez um discurso por ocasião do aniversário da morte do líder da comunidade xiita hazara Abdul Ali Mazari, disse o Ministério do Interior do Afeganistão.

Um porta-voz dos talibãs, Zabihullah Mujahid, rejeitou a autoria do ataque no twitter. “O ataque no encontro em Cabul não tem nada relacionado com os combatentes do Emirado Islâmico”, salientou Mujahid.

No ano passado, também durante um evento para o aniversário da morte de Mazari em que Abdullah estava presente, pelo menos onze pessoas morreram e outras 95 ficaram feridas em ataque reivindicado pelo Estado Islâmico.

Governo condena ataque
O presidente afegão, Ashraf Ghani, condenou o atentado considerando “ataque contra a humanidade e um ataque contra a unidade do Afeganistão”. “Conversei com os meus irmãos Abdullah Abdullah e Khalili. As autoridades de saúde foram chamadas para ajudar as vítimas. As forças de segurança responderão de maneira contundente contra os responsáveis pelo ataque”, acrescentou.

O incidente desta sexta-feira ocorre após a assinatura de um acordo de paz histórico entre os Estados Unidos e os talibãs na semana passada em Doha, no Qatar, que abre a porta à retirada militar dos americanos do Afeganistão após 18 anos em guerra. O acordo prevê que, dos 13 mil militares norte-americanos presentes no país, apenas restem 8.600 dentro de três a quatro meses, e que a retirada total aconteça em 14 meses.

Essa retirada fica, no entanto, dependendo do respeito dos talibãs pelo acordo e do seu compromisso de combater o terrorismo.

*Com informações da Agência Brasil.

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