Centro Carter diz que eleição da Venezuela ‘não pode ser considerada democrática’
Declaração da organização surge em um contexto de crescente pressão internacional sobre país, com críticas sobre a falta de transparência e exigências para que Maduro e o CNE revelem os registros eleitorais
Segundo o comunicado, a organização não pode “verificar ou corroborar a autenticidade dos resultados das eleições presidenciais declarados pelo CNE”. A falta de divulgação dos resultados desagregados por assembleia de voto foi classificada como uma grave violação dos princípios eleitorais. O Centro Carter destacou que enviou 17 especialistas e observadores à Venezuela a partir de 29 de junho, com equipes baseadas em Caracas, Valência, Maracaibo e Barinas.
A declaração também enfatizou que os padrões internacionais não foram cumpridos em nenhuma fase do processo eleitoral, violando diversos preceitos da legislação nacional. Além disso, as eleições ocorreram em um ambiente de “liberdades restringidas em detrimento dos atores políticos, das organizações da sociedade civil e dos meios de comunicação social”. O Centro Carter criticou ainda a parcialidade demonstrada pelo CNE em favor do partido no poder e contra as candidaturas da oposição.
A declaração do Centro Carter surge em um contexto de crescente pressão internacional sobre a Venezuela, com críticas sobre a falta de transparência e exigências para que Maduro e o CNE revelem os registros eleitorais. Nos últimos dois dias, opositores organizaram protestos massivos, alegando que seu candidato, Edmundo González, venceu o atual presidente.
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) havia convidado o Centro Carter para observar as eleições após o acordo de Barbados, assinado em outubro de 2023. Além do Centro Carter, apenas uma pequena delegação das Organizações das Nações Unidas (ONU) estava autorizada a monitorar o pleito, mas até o momento a ONU não comentou os resultados.
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