Egito recupera sarcófago de 2.700 anos que tinha sido roubado e estava exposto nos EUA
Na última década, o país conseguiu reaver mais de 29 mil peças de antiguidades que tinham sido contrabandeadas
O Egito recuperou na segunda-feira, 2, um sarcófago de 2.700 anos que tinha sido contrabandeado para fora do país e estava exposto no Museu de Ciências Naturais de Houston, nos Estados Unidos, anunciou o ministro das Relações Exteriores do Egito, Sameh Shoukry. Em uma cerimônia realizada no Cairo, Daniel Rubinstein, encarregado de negócios dos EUA no Egito, devolveu a peça ao país. O sarcófago, de 2,94 metros de comprimento e 90 centímetros de largura, com a face pintada de verde, data do final do período faraônico foi descoberto no centro do Egito. Segundo o promotor distrital de Manhattan, Alvin L. Bragg, ele foi contrabandeado pela Alemanha para os Estados Unidos em 2008. Este caixão impressionante foi traficado por uma rede bem organizada que saqueou inúmeras antiguidades da região”, disse Bragg na época. “Estamos satisfeitos que este objeto seja devolvido ao Egito, onde ele pertence por direito”, acrescentou. Na última década, o país conseguiu recuperar mais de 29 mil peças de antiguidades roubadas e vendidas fora do Egito e anunciou várias descobertas importantes nos últimos meses, principalmente na necrópole de Saqqara, ao sul do Cairo. Só em 2021 e 2022, mais de 300 sarcófagos e 150 estátuas de bronze foram reveladas, muitos com mais de 3.000 anos. O Egito espera que estas novas descobertas reativem o turismo, muito afetado pela pandemia de covid-19, setor que emprega 2 milhões de pessoas e gera mais de 10% do PIB do país.
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