Governo americano limita dinheiro que cubanos nos EUA podem enviar para familiares na ilha
Governo americano ainda proibiu remessas de dinheiro a familiares próximos de funcionários cubanos proibidos e membros do Partido Comunista de Cuba
O governo dos Estados Unidos anunciou nesta sexta-feira (6) novas medidas que limitam para US$ 1 mil (cerca de R$ 4 mil) por trimestre a quantidade que os cubanos residentes em seu território podem enviar a seus parentes na ilha através de remessas.
“A Agência de Controle de Ativos Estrangeiros dos EUA [OFAC, sigla em inglês] está colocando um limite de US$ 1 mil por trimestre que um remetente pode enviar para um cidadão cubano”, afirmou o secretário do Departamento do Tesouro americano, Steven Mnuchin, em comunicado. Além disso, ressaltou que estão proibidas as remessas a “familiares próximos de funcionários cubanos proibidos e membros do Partido Comunista de Cuba”.
Até então, não havia limites de quantidade ou frequência para as remessas de dinheiro para Cuba, desde que elas entraram em vigência no ano de 2014, quando o governo do ex-presidente Barack Obama melhorou as relações com a ilha caribenha.
No entanto, em diversas ocasiões, o atual presidente, Donald Trump, classificou esta estratégia de “terrível e equivocada”. “Estamos tomando medidas adicionais para isolar financeiramente o regime cubano”, afirmou Muchin.
O chefe do Tesouro americano argumentou que seu país “responsabiliza o regime cubano pela opressão do povo cubano e o apoio de outras ditaduras em toda a região, como o regime ilegítimo do [ditador venezuelano Nicolás] Maduro”.
“Através destas emendas reguladoras, o Tesouro está negando a Cuba o acesso a moedas fortes, e estamos freando o mau comportamento do governo cubano enquanto continuamos apoiando o povo sofredor de Cuba”, continuou Muchin.
No mês de junho, o Governo de Trump proibiu as viagens de cruzeiro para Cuba. Desde então, os EUA não permitem visitas a Cuba através de embarcações de passageiros e recreativas, incluindo cruzeiros e iates, assim como aviões privados e corporativos. No entanto, os voos comerciais seguem operando entre os dois países.
*Com EFE
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