Fragmentos encontrados nas Filipinas em 2015 são de nova espécie humana, diz estudo
Entre 2007 e 2015, historiadores desenterraram 13 ossos e dentes que pareceram pertencer a uma espécie de homonídeos, que viveu há pelo menos 67.000 anos na ilha de Luzón, maior ilha filipina. Um estudo do paleoantropólogo Florent Détroit, publicado nesta quarta-feira, 10, confirma que os fragmentos, encontrados na caverna de Callao, são de uma espécie humana até então desconhecida. As informações são do jornal El País.
A nova espécie foi batizada de Homo luzonensis e se junta a outras cinco já existentes: neandertais, denisovanos, hobbits de Flores, erectus e sapiens. Todas essas espécies têm um laço com os humanos de hoje, mas a maioria foi extinta, e só sobrou o homo sapiens. O porquê de os sapiens serem a única espécie que sobreviveu até hoje é uma pergunta que atravessa os tempos.
“Se você observar cada uma dessas características separadamente, vai encontrá-las em uma ou outra espécie de Homo, mas se analisar o pacote completo, não verá nada similar, por isso esta é uma nova espécie”, explica Florent Détroit, paleoantropólogo do Museu Nacional de História Natural de Paris e coautor do estudo que descreve a nova espécie, publicado pela revista científica Nature.
Os pesquisadores ainda não sabem como era o rosto dos luzonensis, pois não há fragmentos de crânio. Os restos achados entre 2011 e 2015 pertenceram a dois adultos e uma criança.Os dentes são pequenos e parecidos com os de um humano atual.
A origem dos luzonensis, que podem ser descendente dos erectus e terem atravessado o mar até chegar à atual China, ainda é um mistério.
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