França, Reino Unido e Alemanha pedem ao Irã que respeite o acordo nuclear
A França, Reino Unido e a Alemanha pediram nesta segunda-feira (6) ao Irã que “retorne em total conformidade com seus compromissos” do acordo nuclear de 2015, depois que Teerã anunciou no domingo (5) que deixará de cumprir as limitações impostas ao seu programa atômico.
Em um comunicado conjunto, o presidente francês Emmanuel Macron, o primeiro-ministro britânico Boris Johnson e a chanceler alemã Angela Merkel também apelaram às autoridades iranianas para que “se abstenham de qualquer ação violenta ou proliferativa”.
“Apelamos a todas as partes para que ajam com moderação e responsabilidade. O atual ciclo de violência no Iraque deve parar”, disseram os três países europeus.
O comunicado divulgado pelo Palácio do Eliseu, sede oficial do governo francês, acontece após o assassinato na última sexta-feira, após um ataque dos Estados Unidos em Bagdá, do Força Quds, unidade especial dos Guardiões da Revolução Islâmica, Qasem Soleimani, e que Teerã prometeu vingar sua morte.
“Condenamos os recentes ataques contra áreas controladas pela coalizão no Iraque e estamos seriamente preocupados com o papel negativo que o Irã tem desempenhado na região, em particular pela Força Quds sob a autoridade do general Soleimani”, enfatizaram os três líderes.
No domingo, o Irã anunciou que não está mais cumprindo na prática as limitações impostas ao seu programa atômico pelo acordo nuclear – do qual o Reino Unido, França e Alemanha são signatários – embora continue cooperando com a Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) e não tenha anunciado sua retirada formal do pacto.
Paris, Londres e Berlim também recordaram seu “compromisso com a soberania e segurança do Iraque”, bem como a luta contra a organização terrorista do Estado Islâmico, “que continua sendo uma prioridade”.
Finalmente, os três países reafirmaram estarem dispostos a continuar o diálogo com todas as partes para “contribuir para a redução das tensões e a restauração da estabilidade na região”.
*Com informações da EFE
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