Israel vive greve em massa após resgate de corpos de reféns

O objetivo da paralisação, segundo organizadores, é fechar ou interromper os principais setores da economia, incluindo bancos, assistência médica e o principal aeroporto do país

  • Por Jovem Pan
  • 02/09/2024 09h02
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EFE/EPA/ATEF SAFADI Tel Aviv (Israel), 02/09/2024.- Manifestantes apoiando as famílias de reféns israelenses mantidos pelo Hamas em Gaza, bloqueiam uma estrada durante uma manifestação pedindo ao Primeiro-Ministro israelense que assine um acordo de reféns, em Tel Aviv, Israel, 02 de setembro de 2024. O maior sindicato trabalhista de Israel, Histadrut, convocou uma greve geral nacional para começar em 02 de setembro, instando o Primeiro-Ministro israelense a chegar a um acordo para proteger os reféns restantes mantidos pelo Hamas após o ataque de 07 de outubro. Milhares de israelenses protestaram em Israel em 01 de setembro após a recuperação dos corpos de seis reféns mantidos pelo Hamas na Faixa de Gaza. De acordo com uma declaração do Gabinete de Imprensa do Governo Israelense, 97 reféns israelenses permanecem em cativeiro na Faixa de Gaza, com 33 mortos confirmados. (Protestas) Entre outros setores, o Histadrut disse que os bancos, alguns grandes shopping centers e escritórios do governo estavam aderindo à greve

Um raro pedido de greve geral em Israel para protestar contra o fracasso na devolução dos reféns mantidos em Gaza levou a paralisações e outras interrupções em todo o país nesta segunda-feira (2), inclusive em seu principal aeroporto internacional. Mas ela foi ignorada em algumas áreas, refletindo as profundas divisões e incertezas políticas. Milhares de israelenses foram às ruas no final do domingo (1) em luto e raiva depois que seis reféns foram encontrados mortos em Gaza, no que parece ser o maior protesto desde o início da guerra, com organizadores estimando participação de aproximadamente 500 mil pessoas. As famílias e grande parte do público culparam o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, dizendo que eles poderiam ter sido devolvidos vivos em um acordo com o Hamas para acabar com a guerra de quase 11 meses.

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Após os protestos, o maior sindicato de Israel, o Histadrut, convocou uma greve geral na segunda-feira (2), a primeira desde o início da guerra. O objetivo é fechar ou interromper os principais setores da economia, incluindo bancos, assistência médica e o principal aeroporto do país. Companhias aéreas do principal aeroporto internacional de Israel, o Ben-Gurion, interromperam o check-in e a partida de voos de saída pela manhã, entre as 8h e 10h (horário local), remarcando as viagens e mantendo apenas operações normais para voos de chegada, de acordo com a Autoridade de Aeroportos de Israel. Entre outros setores, o Histadrut disse que os bancos, alguns grandes shopping centers e escritórios do governo estavam aderindo à greve, assim como alguns serviços de transporte público, embora não parecesse haver grandes interrupções.

Mas outros grupos não aderiram a greve e apoiam a estratégia de Netanyahu de manter uma pressão militar implacável sobre o Hamas, cujo ataque de 7 de outubro contra Israel desencadeou a guerra. Eles dizem que isso acabará forçando os militantes a cederem às exigências israelenses, facilitando potencialmente as operações de resgate e, por fim, aniquilando o grupo. A mídia israelense informou que o Estado apelou a um tribunal trabalhista para cancelar a greve, dizendo que ela tinha motivação política.

*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Marcelo Bamonte

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