Justiça da Nova Zelândia condena homem por divulgar vídeo de ataque a mesquitas

Philip Arps, 44 anos, distribuiu as imagens do atentado a aproximadamente 30 pessoas no dia seguinte da tragédia, que deixou 51 mortos

  • Por Jovem Pan
  • 18/06/2019 08h19
Agência EFE Ataques a mesquitas na Nova Zelândia ocorreram em 15 de março deste ano e deixaram 51 mortos e 40 feridos

A Justiça da Nova Zelândia condenou nesta terça-feira (18) um homem que redistribuiu a transmissão ao vivo do atentado supremacista do dia 15 de março contra duas mesquitas em Christchurch. Na ocasião, 51 pessoas morreram e 40 ficaram feridas.

Philip Arps, 44 anos, dono de uma empresa de isolamento térmico de Christchurch que se promove com imagens neonazistas e de supremacia branca, foi considerado culpado de duas acusações de distribuição de material inaceitável. Em abril, ele admitiu que um dia depois do massacre enviou o vídeo para aproximadamente 30 pessoas.

Questionado pelo juiz Stephen O’Driscoll, do Tribunal da Comarca de Christchurch, sobre qual era sua opinião sobre o vídeo, Arps respondeu “impressionante”, segundo informações da “Radio New Zealand”. No vídeo, de 17 minutos, o responsável pelo ataque é visto atirando à queima-roupa nos fiéis que estavam na mesquita de Al Noor – a primeira a sofrer o ataque – para a oração de sexta-feira.

“Suas ações glorificam e encorajam assassinatos em massa com pretextos religiosos e ódio racial”, disse o juiz a Arps, que está preso desde março. “A distribuição um dia depois do ataque, quando as famílias ainda não sabiam se um parente havia morrido, mostra uma particular crueldade e brutalidade de sua parte”, acrescentou o magistrado, justificando a condenação como medida necessária para evitar a reincidência do acusado.

O australiano Brenton Tarrant, 29 anos, é o único acusado pelo ataque às duas mesquitas, onde enfrenta acusações de terrorismo, 51 homicídios e 40 por tentativa de assassinato.

*Com informações da Agência EFE

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