Milícia xiita afirma que oito pessoas morreram no ataque feito pelos EUA

  • Por Jovem Pan
  • 03/01/2020 12h28 - Atualizado em 03/01/2020 12h29
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EFE Iranianos protestam, em Teerã, contra ação dos EUA

A Força de Mobilização Popular (FMP), milícia iraquiana majoritariamente xiita, revelou, nesta sexta-feira (3), que foram mortas oito pessoas no ataque dos Estados Unidos em Bagdá, no Iraque – entre eles, Qasem Soleimani, comandante da Força Quds, unidade especial dos Guardiões da Revolução do Irã. Outra vítima já divulgada anteriormente é Abu Mahdi al-Muhandis, vice-presidente da FMP.

Na nota das Forças de Mobilização Popular, é garantido que também morreu o genro de Soleimani, além de alguns outros membros do grupo. Segundo a milícia xiita, a operação americana foi realizada por drones, pouco depois de meia noite do horário local (18h de Brasília).

O comandante iraniano havia chegado a capital do Iraque proveniente de Damasco, na Síria, por meio de um avião. A FMP apontou que o bombardeio aconteceu quando o comboio em que Soleimani viajava estava deixando o aeroporto internacional de Bagdá, acompanhado de Al-Muhandis, que havia recebido o líder militar iraniano.

A Força de Mobilização Popular afirmou, ainda, que suspeita de que as forças americanas receberam um vazamento de informação de alguém no Iraque sobre a posição dos alvos, embora não tenham sido divulgados sobre a identidade dessa fonte.

A milícia xiita divulgou que o funeral das vítimas acontecerá neste sábado (4).

Trump defende ataque; Irã fala em vigança

O Pentágono afirmou, também nesta sexta-feira (3), que o bombardeio que matou o chefe da Guarda Revolucionária iraniana tinha como objetivo impedir “futuros planos iranianos de ataque” contra os EUA. O comunicado também reconhece que a ordem do ataque foi dada pelo presidente norte-americano, Donald Trump.

No Twitter, Trump defendeu o ataque, e disse que o Irã “nunca venceu uma guerra” e que o militar foi “responsável pela morte de milhares de pessoas”. Já o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, no entanto, alertou que uma “retaliação severa está aguardando” Washington após o ataque aéreo que resultou na morte do general, chamando Soleimani de “face internacional da resistência”.

Relembre

A morte de Soleimani e Al-Muhandis aconteceu três dias depois que seguidores do grupo invadiram a Embaixada americana em Bagdá, como resposta a um ataque dos EUA contra quartéis no oeste do Iraque, realizado dia 29.

Segundo a Frente, 25 pessoas morreram na ação do penúltimo dia de 2019 e mais de 50 pessoas ficaram feridas, pelo lançamento de foguetes e outros projéteis, que, por sua vez, foram resposta a morte de um terceirizado americano.

*Com informações da Agência EFE

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