Monica Lewinsky abandona entrevista ao ser perguntada sobre Clinton; assista

  • Por Agência EFE
  • 04/09/2018 07h33
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Reprodução/Twitter "Sinto muito, eu não serei capaz de fazer isto", disse Monica Lewinsky, antes de retirar o microfone,

A palestrante e ex-estagiária da Casa Branca, Monica Lewinsky, abandonou uma entrevista em Jerusalém após ser perguntada sobre o ex-presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, pois, segundo explicou, “não foi o que tinha sido acordado”.

Após dar uma palestra sobre os perigos da internet em uma conferência organizada na segunda-feira pelo canal de notícias “Hadashot”, Lewinsky sentou-se para ser entrevistada pela popular jornalista Yonit Levi, e na primeira pergunta – “ainda espera que Clinton se desculpe?”- ela então pediu desculpas e abandonou o local, segundo divulgou hoje a imprensa local.

“Sinto muito, eu não serei capaz de fazer isto”, disse Monica Lewinsky, antes de retirar o microfone, como pôde ser visto ao vivo na “Hadashot”.

A relação da ex-estagiária, quando tinha 22 anos, com o então presidente americano, foi um elemento importante nas acusações de perjúrio e obstrução à Justiça ao ex-governante.

Depois de abandonar a entrevista, Monica Lewinsky comentou o incidente no Twitter, explicando que a jornalista havia proposto a pergunta sobre Bill Clinton na reunião que tiveram no dia anterior e ela tinha deixado claro quais eram os temas de que falaria e outros que não.

“Quando ela me fez a pergunta no palco, em flagrante desprezo pelo nosso acordo, entendi que tinham me enganado. Sai porque é mais importante do que nunca que as mulheres se defendam e não permitam que outras pessoas controlem suas narrativas”, escreveu Lewinsky.

Quando ela estava saindo, houve aplausos da plateia.

Em sua palestra, Monica Lewinsky se referiu ao trauma causado pela investigação do caso com o antigo presidente americano que lhe provocou uma depressão que durou uma década, embora assegurou que recentemente tenha melhorado, segundo “Hadashot”.

Ela contou também que depois que sua relação com Clinton tornou-se pública, foi rejeitada de quase todas as comunidades a que pertencia, “incluindo a religiosa. Foram tempos muito sombrios para mim”.

Monica Lewinsky criticou o uso que as pessoas fizeram de internet quando divulgaram o escândalo e apontou que naquele momento, em 1998, e com aquele romance, foi a primeira vez que internet se tornou em uma fonte de notícias em massa, a transformando de pessoa privada a pública, e humilhada.

Em março deste ano, Lewinsky escreveu na revista “Vanity Fair” que a relação que manteve com Bill Clinton “não foi uma agressão sexual”, mas sim “abuso de poder”.

Clinton, por sua vez, declarou em uma entrevista ao canal “NBC”, no mês de junho, que não sentia que devia à ex-estagiária uma desculpa pessoal pela relação que mantiveram, pois já tinha feito isso publicamente e isso era o suficiente.

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