Na Índia, forte poluição escurece capital e leva ao fechamento de escolas
Fechamento levará uma semana; obras de construção também estão suspensas por quatro dias
Com o céu escurecido por uma nuvem de fumaça cinza, dificuldades respiratórias da população e monumentos desaparecendo por detrás da névoa, o governo da Índia ordenou o fechamento de escolas por uma semana e a paralisação de obras de construção por quatro dias a partir desta segunda-feira, 15, devido à situação crítica da qualidade do ar, classificada neste domingo, 14, como “muito ruim” pela principal agência de monitoramento ambiental da Índia, chamada Safar. Os funcionários públicos vão trabalhar de casa durante uma semana. O céu da capital indiana está coberto por uma espessa fumaça cinza e em muitos locais os níveis de poluição atingiram seis vezes além do limite de segurança. Imagens de satélite da agência americana Nasa também mostraram a maior parte das planícies do norte da Índia cobertas por uma névoa espessa. Entre as muitas cidades indianas que enfrentam o problema, Nova Délhi está no topo da lista todos os anos.
A crise se agrava especialmente no inverno, quando as queimadas de resíduos agrícolas nos estados vizinhos coincide com temperaturas mais baixas, que geram uma fumaça tóxica. Essa fumaça chega a Nova Délhi, onde causa poluição em uma cidade de mais de 20 milhões de habitantes e agrava uma crise de saúde pré-existente. A autoridade eleita de mais alto escalão da cidade, Arvind Kejriwal, disse que um bloqueio total da cidade provavelmente seria declarado, mas a decisão seria tomada após consulta ao governo federal.
Os problemas com poluição não se limitam a Nova Délhi. Em outras áreas urbanas da Índia, a má qualidade do ar tem sido associada às emissões de indústrias sem tecnologia de controle de poluição e do carvão, que ajuda a produzir a maior parte da eletricidade do país. Na cúpula do Clima em Glasgow, a Índia pediu no sábado (13) uma mudança de última hora para chegar a um acordo final nas negociações climáticas cruciais. O país pediu para que se usasse o termo “redução” ao invés do “abandono” da energia movida a carvão.
*Com informações do Estadão Conteúdo
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.